quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Um espectro ronda os meios de comunicação
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
A invisível Globo piauiense
Entendo que minha enquete não tem valor científico nenhum e 138 votos é uma quantidade pequena se comparado com o número de usuários de internet no Piauí, mas o Portal da Clube, afiliada da Rede Globo, a maior emissora do país e uma das maiores do mundo, não ter tido um único voto (zero voto / 0 %) em um blog que, em sua maioria, é acessado por jornalistas, é algo estranho de se ver. A Clube, eu sonhava, era o portal que tinha mais chances (dinheiro, capacidade técnica, recursos, peso do nome da Globo etc) para crescer e dominar o mercado, mas o que se vê é um meio atrapalhado, que parece fazer jornalismo online sem saber direito como é. Nem mesmo uma manchete principal o site possui e sim três fotos que ficam se alternando - método, aliás, nada criativo, já que grande parte dos portais do Piauí usam esse estilo cansativo. Além de tudo, o portal não tem nada que chame a atenção do leitor para continuar lendo, todas suas notícias importantes são encontradas em outros portais ou copiadas da TV Clube. Aparentemente, não sei ao certo, parece que os concorrentes fazem uma cobertura mais rápida até mesmo sobre a piauiense no Big Brother Brasil, que é da Globo. Se não, arrisco a dizer que mesmo que a Clube tenha mais detalhes sobre o BBB, com vídeos e tudo "exclusivo", a grande maioria dos leitores comuns preferem ver as novidades nos portais grandes, como Meio Norte ou 180graus e, principalmente, no site oficial, globo.com/bbb. Aliás, não era a Clube quem deveria ter tido a idéia de colocar Sky na casa da família da piauiense? Mas foi a Meio Norte que o fez. A Clube... sempre atrás.
O portal mais confiável do Piauí, segundo os leitores
180graus | 15 (10%) |
Portal AZ | 6 (4%) |
Acesse Piauí | 40 (28%) |
Cidade Verde | 10 (7%) |
Meio Norte | 28 (20%) |
GP1 | 10 (7%) |
Cabeça de Cuia | 7 (5%) |
Portal da Clube | 0 (0%) |
45 graus | 6 (4%) |
Portal do Governo do Estado | 1 (0%) |
Portal da Alepi | 0 (0%) |
Portal da Prefeitura de Teresina | 0 (0%) |
TV Canal 13 | 6 (4%) |
Antena 10 | 0 (0%) |
Outro | 9 (6%) |
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Os amadores
Só faltou uma enquete: "O que você acha da administração do atual prefeito? Resposta: ( ) Excelente / ( ) Magnífica / ( ) Perfeita." Como não acompanho esse tipo de site, não duvido de já ter tido algo assim. Mas, que tal a manchete de hoje do Notícias de Floriano:
Colocar palavra abreviada em título de notícia? Por favor. A diagramação e o projeto gráfico de um jornal foram criados para dar beleza estética e dor de cabeça a quem vai escrever um título e tem pouco espaço. Mas não se pode escrever errado, existem certas regras e as pessoas tem que usar a imaginação e não burlar o português. O 180graus, de novo, é fera nisso. Quem nunca viu, por exemplo, palavras como "tá" no lugar de "está", apenas para caber no espaço. Isso não é ser criativo, é colocar algo errado apenas pra não pensar num título melhor.
De volta aos portais do interior, penso que se os meios de comunicação de Teresina ainda são provincianos, que noticiam a morte de um pedreiro como matéria principal em um portal ou que, no caso do jornalismo policial, por exemplo, são pautados apenas por informações da polícia e não fazem nenhum tipo de trabalho investigativo ou até mesmo a editorial política que chega a ser patética na forma como divulgam as matérias passadas pelas assessorias de imprensa, a situação se agrava ainda mais nas cidades menores. Até Parnaíba, a segunda maior cidade do estado, falta algo constante, freqüente. Um exemplo é o Portal Delta, que passou o dia de ontem, 10, sem nenhuma única notícia. Não aconteceu nada em Parnaíba durante um dia? O blog Acesso 343 faz um trabalho melhor, e se trata de um blog e por isso não possui nem metade das ferramentas que um portal deveria ter.
Talvez o bom jornalismo - e livre das pressões capitalistas - vai existir apenas assim, nos meios alternativos, nos blogs de jornalistas que, além de trabalharem nos meios tradicionais, darão mais informações - que não pôde ser publicada nos veículos em que trabalham - para a população através de meios gratuitos e simples.
Um descanso antes de voltar para o jornalismo real
"(...)por que você não falou dos mimos que ele [Heráclito Fortes] faz com seus coleguinhas da imprensa? Rabo preso é, Xico? Meu caro Xico, o senador vem aqui todo final do ano e dá um cala boca em seus coleguinhas. Isso é corrupção.(...)"
Ele respondeu apenas "me tira dessa", ou seja, não o inclua na lista da imprensa babona que fica elogiando essas confraternizações com a imprensa. Têm mais coisas lá. Um mais recente de uma moça chamada "Gatinha". Mas o interessante é ver como os meios de comunicação tentam se passar por joão sem braço, entendem o que está acontecendo - as críticas etc - e tentam tirar vantagem da situação, como se fossem vítimas ou estivessem empenhados em melhorar (recebi e-mails e comentários de vários jornalistas criticados, dizendo que o material escrito era bom e que estava servindo para alertar a classe jornalística Até o 180graus fez uma matéria sobre mim, falando exatamente isso). Refaço um questionamento do meu manifesto: "Por que não tentam, digamos... ser bons jornalistas para a população?"
A miséria do ensino de comunicação
Mesmo os estudantes que insistam em seguir esse caminho terão dificuldades. O foca que consegue vaga em redação é, normalmente, submetido a um salário baixo e a subserviços durante muito tempo. Por essas razões, há um fenômeno recente de repórteres jovens que não conseguem ficar mais do que quatro, cinco anos na redação. Sem chance de ao menos trabalhar na mídia, nem cogita se empenhar em atividades de investigação jornalística. Produz-se um pensamentos inquietante: se os repórteres que começam a trabalhar hoje têm uma vida útil de apenas cinco anos, quem fará esse tipo de matéria no futuro? É um problema a ser pensado pelas chefias das redações brasileiras."
(Trecho do texto Encruzilhada, do jornalista Diego Escosteguy, de 25 anos).
Encontrei também uma entrevista com Escosteguy no blog www.ftcoutinho.blogspot.com recomendo a leitura, abaixo reproduzo alguns trechos:
NaPrática - Como foi o início de sua carreira?
Diego Escosteguy - Sempre tive dificuldade com o academicismo da faculdade. Para mim, jornalismo é prática, e o curso só me ensinava teoria. Logo no primeiro semestre, procurei uma forma de atuar na prática, e daí surgiu a revista Lente. A preferência pela prática foi uma opção que me ajudou muito. No começo do curso, participei de uma seleção de estágio no Jornal de Brasil, e concorri com pessoas dos semestres mais avançados. Graças à experiência prática que tinha, consegui a vaga. Mas também tive sorte, e tirei proveito disso. Na seleção do estágio, tive que cobrir uma pauta chatíssima na Câmara. Por sorte, aconteceu um tumulto, e fiz uma matéria exclusiva, já que era hora do almoço e não havia repórteres no local. Naquela situação eu tive sorte, mas foi com a experiência prática que pude aproveitar e fazer uma boa matéria.
NP - Quais os requisitos para uma boa investigação?
DE - Tudo se resume a suor. Conseguir boas fontes e documentos é um trabalho árduo. É preciso aliar a técnica com o senso de oportunidade.
NP - Você é favor à obrigatoriedade do diploma de jornalismo?
DE - Eu não tenho opinião assertiva sobre o tema. Acho que deve ser obrigatório, mas não nos moldes de hoje.
Não vejam, não vejam!!!
O Blog do Efrém Ribeiro, do portal Meio Norte, divulgou hoje fotos de um pedreiro que caiu de um telhado e morreu, não vou colocar a imagem da página dessa vez porque as fotos são violentíssimas, quem quiser ver, basta clicar nos links em vermelho. O Meio Norte tem um, digamos, "código de conduta", onde afirma que está "compromissado" a fazer apenas jornalismo voltado para a verdade, "crescendo sem desconstruir" etc. Gostaria de entender qual a utilidade pública em mostrar fotos de sangue, de um homem morto. O que a sociedade pode aprender com isso? A não subir no telhado? Ainda colocaram uma tarja ultra-sensacionalista na primeira página "FOTOS CHOCANTES". Usar desse tipo de apelação para chamar a atenção dos leitores é uma forma de tirar o foco para a falta de conteúdo que contamina as redações. O 180graus era o rei de fazer isso. Cheguei a ver a infantilidade de colocarem "Imagens fortes. Não clique". O Portal AZ, como já disse em posts anteriores, era até uma alternativa para esse tipo de jornalismo sem-conteúdo interessante, mas agora criaram por lá o "Plantão da Madrugada", para poder concorrer com a falta de qualidade. Existe uma idéia que o que é muito lido ou assistido é bom, de boa qualidade. Não acredito de forma alguma. Mas não estão preocupados em serem bons ou respeitados ou até mesmo dignos da profissão, mas, apenas, conhecidos. O importante é o "clique".
Digitação
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Mensagem
Hum... tem alguém sujando a imagem da ingênua e coitadinha classe dos jornalistas. Pior: extorquindo. Por que não citam o nome desse elemento do mesmo jeito que citam diversos bandidos, não-julgados, em seus programas policiais? Jovens jornalistas, atenção, não ouçam o bicho-papão citado pelo blog, ele é mau. Trilhem o caminho que os meios de comunicação do Piauí já trilham, da verdade acima de tudo, da apuração rigorosa de toda notícia, do "jornalismo do bem". Façam isso. Sejam como todos os outros e tenham certeza que tudo é perfeito, o mundo é maravilhoso e todos estamos felizes e satisfeitos.
Limitado
A capa de um livro
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Quando se clica no link CAPA, que fica no MENU esquerdo da página, vai-se para a página do Diário de 22 de junho de 2006, época da Copa do Mundo, tem até legenda da foto principal, que não se alterou para junho, mas continua com a foto do dia atual: OS RONALDOS durante o treino para o jogo contra o Japão.
Fizeram essa parte do menu há quase dois anos e nunca mudaram. Onde estão os webdesigners? Além disso, o design é pobre e as ferramentas são inexistentes, falta quase tudo. Alguém pode encontrar, para mim, o e-mail da redação do Diário? Não se acha em lugar algum.
Outro problema são os erros nos links das matérias. Vejam só:
Com o mouse sobre a matéria "Abertura do Carnaval será na sexta-feira", matéria daqui do Piauí, o link, na verdade, está para a editorial "Nacional". Quando se entra, só as notícias nacionais e nada do bendito carnaval:
Claro, sem esquecer de um tal de Cadastro que sempre aparece antes de acessar uma matéria. O cadastro não é obrigatório, aposto uma moeda que quase ninguém o faz, pois só precisa entrar em "Este cadastro é opcional, portanto caso queira prosseguir com a visualização da página desejada clique aqui." É freqüente aparecer problemas e chateações do tipo. Lembro até um tempo atrás que o Diário fechou o site apenas para assinantes do jornal. Uma semana depois abriram de novo. Que houve? Imagino que os leitores não pagariam pelo precário serviço online. O jornal nem chega a ser mau, talvez o mais "político" dos três principais, mas a versão virtual precisa melhorar e muito.
Triste.
Não usem perucas, sejam autênticos
Agora o bicho vai pegar
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
As velhas novidades do Meio Norte
O Meio Norte diz:
(...)
Desta vez, o processo de escolha começou neste dia 3 de janeiro - mais cedo do que em ocasiões anteriores. Entenda esse processo e como funciona a corrida para a Casa Branca.
- Quando é o pleito?
O 44º presidente dos Estados Unidos será eleito no dia 4 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, ocorrem eleições para renovar totalmente a Câmara dos Representantes e um terço do Senado.
BBC Brasil diz:
Desta vez, o processo de escolha começa neste dia 3 de janeiro - mais cedo do que em ocasiões anteriores. Entenda esse processo e como funciona a corrida para a Casa Branca.
Quando é o pleito? O 44º presidente dos Estados Unidos será eleito no dia 4 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, ocorrem eleições para renovar totalmente a Câmara dos Representantes e um terço do Senado. (...)
Patético, não? É uma pena que "entender" as eleições no país mais importante do mundo é apenas copiar informações de outro portal que realmente analisou os fatos - não falo do Último Segundo, onde a notícia está hospedada (e que deu os créditos), mas da BBC Brasil, que estudou, de fato, a questão e vendeu sua notícia. E o Meio Norte ganha todo o crédito por aqui, de graça, só no CTRL+C e CTRL+V. Não devem nem ler o que dizem, apenas editam para ficar um pouco diferente - versão blog. E não é só isso. Têm mais coisas, mas não vou ficar citando igualdades, é cansativo para você e para mim. Confiram as duas "versões":
Obs.: Um erro no blog está impedindo que as imagens, quando clicadas, fiquem no tamanho natural, que daria para ler o texto na forma de imagem. Para verem o que digo, cliquem nos links em vermelho, nesta postagem, para irem aos sites indicados.
Eu, notícia
Pergunto de novo: apenas por que não me conhecem significa que estou no anonimato? Eu preciso ser alguém "do meio", algum de vocês, para poder ter feito meu trabalho como estou fazendo? Acho que não. ESPERO que não. Sobre o fato de acharem que anônimo prejudica a credibilidade, digo que isso não significa nada, porque não estou expondo fatos que vocês mesmos não possam verificar. Todos os dias, eu coloco uma parte de algum meio de comunicação e depois dou minha opinião. Não há o que acreditar, e sim, apenas concordar ou não. Opinião não é verdade ou mentira (só se acharem que não acredito no que digo) e sim, meramente, a maneira como vejo determinado assunto, no caso, os meios de comunicação do Piauí.
No mais, espero que os debates acerca do jornalismo em si estejam mais intensos do que a vontade que os jornalistas têm de me identificarem (o que, infelizmente, não acredito). Como a matéria diz: "Seus textos têm despertado os jornalistas para uma reflexão do trabalho que fazem atualmente."
P.S.: No final da notícia tem um inexplicável "180graus.cm(sic), LÍDER E INDEPENDENTE!". Antes que os paranóicos de plantão venham comentar algo, digo que não tenho nenhuma ligação com o 180graus, nem sou o Helder Eugênio (dono do portal) e nenhum de seus repórteres.
Sem internet
sábado, 5 de janeiro de 2008
Cada dia é o pior dia
Macacos me mordam
Leiam
"O jornalista é como padre. Se a pessoa pede off, eu respeito. Agora, se você vê que a Mônica é uma colunista que se veste mal, por que não colocaria isso na matéria? Não tem sentido que eu peça para você escrever que eu me visto bem."
"Sabemos que os leitores se interessam por notícias sobre a vida pessoal das pessoas públicas. Os casos extremos de separação e doença publicamos com o consentimento da fonte. Uma vez, quando o Arnaldo Antunes se separou, uma pessoa muito ligada a ele, em off, confirmou a história. Mas foi ele ou o melhor amigo que se separou? Então não demos. E se ele ainda não tivesse avisado à mãe e aos filhos?"
"No jantar da rainha Sílvia, da Suécia, que foi uma super, hiper, megafesta, sentei ao lado do Fernando Arruda Botelho [acionista do Grupo Camargo Corrêa] e perguntei: "Como está essa coisa dos espanhóis?". Ele falou: "Os espanhóis vão arrebentar os empresários brasileiros". Deu primeira página. No outro dia, fui a um jantar onde estava o vice-presidente da GM. Eu não sabia direito o que perguntar, então pensei: "Bom, os empresários, com o Brasil a mil, estão buscando financiamento". Então cheguei nele e perguntei: "Qual seu pleito no BNDES?". Ele respondeu: "R$ 650 milhões". Estou sempre procurando arrancar."
Veja entrevista no site da Revista Imprensa.
Big Brother
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Dêem uma esmola para esse pobrezinho
Jornalismo investigativo
Eu sou eu, Nicuri é o diabo
O macaco caiu do galho
Suicídio
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Engano
Obrigado pelo comentário, Sid. De fato, o Acessepiaui pertence a alguém que faz parte da equipe do governador Wellington Dias. Mas isso nunca foi impeditivo, por exemplo, da coluna pela qual respondo ser crítico ao seu modelo, aos seus modos e ao tímido e nada ousado governo que pratica. Com isso, garanto-lhe que se há um meio que permite liberdade de expressão tem sido o Acessepiaui. Quanto ao jornalismo sensacionalista, irresponsável, do disse me disse, sem conteúdo e com português sofrível, concordo plenamente com o seu manifesto.
Atenciosamente
Mauro Sampaio
coluna Brasília
Questões primatas
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Enquete
Briga boa
E outra, como isso pode acontecer? "O Sistema Meio Norte de Comunicação admite estagiários sem obedecer critério algum e contrata pessoas sem registro profissional para trabalhar como colunista e repórter". Então é assim? Eu admito um problema, uma irregularidade em minha empresa e nada acontece? Qual a função do sindicato mesmo?
Briga boa:
Vocês vão ver. Dessa briga não vai sair nada demais. No máximo, os donos dos meios ficarão alertas, mas não tenho muitas esperanças que, de fato, eles farão mudanças. Agora, a parte especial da matéria do AZ foi sobre nosso amigo, Roberto Alencar, do 180graus. Foi a melhor:
"O maior número de irregulares está nos portais, com destaque para o 180graus, onde pontifica como estrela maior o professor Roberto Alencar, que não é jornalista mas assina coluna diária, de conteúdo questionável do ponto de vista ético."
Ainda lembro da época em que 180graus e Portal AZ não podiam se agredir por determinação judicial. Mas, continuando, Roberto Alencar não deixou barato:
Roberto Alencar tirou essa postagem do ar agora há pouco, mas ainda deu tempo de eu tirar um screen shot. Ele dá sua resposta dizendo que qualquer um pode ter seu blog na internet e que ele já até deu aulas para turmas de jornalismo da UFPI. Ok, professor, entendemos isso, qualquer um pode ter um blog que emita opiniões pessoais, mas fazer notícia (muitas!) sem citar fontes é algo estranho. Internet não é jornal e nem TV, mas é um meio de comunicação digital como qualquer outro. A legislação ainda pode ser confusa nesse sentido, mas fazer reportagem, com tudo que uma notícia tem direito é só para bacharel em jornalismo. Outra: dar aula para turma de jornalismo não tem nada a ver com a profissão, existem professores de diversos ramos no curso de Comunicação Social, como: economistas, administradores, historiadores, psicólogos, PROFESSORES DE PORTUGUÊS etc. Isso não significa que eles podem ser jornalistas.
Queria entender porque Roberto Alencar apagou a postagem. Ele já apagou uma que, provavelmente, era para mim, onde dizia que tinha gente querendo derrubá-lo. Acho que ele pensa que ser dentro da lei, regulamentado é querer derrubá-lo. Só queremos as coisas certinhas, ô professor.
E sobre sua postagem no ar, você diz: Quem fez esse blog ser o mais acessado do Piauí foi você, leitor. Desde quando alguém lê texto ruim? Se esse blog já chegou a receber até 20 mil visitas num dia, é porque há nele algo de especial.
Isso é algo a ser discutido. Se fosse assim, os livros clássicos seriam best-sellers e os livros "fáceis" não seriam muito vendidos e não é isso que acontece. O que, na minha opinião, há de especial na sua coluna que faz ela ser acessada é o fato das pessoas acharem notícias "estranhas" por aí, que só você tem, sobre pessoas que ninguém conhece.
Vamos ver onde vai dar essa briga toda. Espero que quem ganhe com tudo isso seja o leitor, que tenha, no mínimo, a sua disposição jornalistas de verdade escrevendo as notícias, sejam boas ou ruins.
As publicidades
Maior do Piauí
Mais resposta
Eu gostaria de entender porque insistem em dizer que estou no anonimato. Precisam que eu seja alguém conhecido de vocês e que vocês estejam se coçando para saber quem sou? Isso é olhar meu trabalho da maneira mais idiota possível, só achar quem é o tal Sid Garcia para poderem trucidar. Bobagem. E sobre eu estar escondendo meus protegidos, não protejo ninguém. A questão é que não sei de tudo e vou sabendo aos poucos e tudo que sei publico aqui. Desafio você a falar, com provas, sobre qualquer mídia aqui do Piauí e eu publicarei, até mesmo com minhas palavras. É simples. E nem falarei de covardia, você que está vindo aqui, ao meu blog, meu espaço, me ameaçar que estou "com as horas contadas". Não estou denegrindo a imagem de ninguém, aliás, nem mesmo estou citando o nome dos jornalistas. Os donos dos meios cito sim, não para denegrir, como coitados que só sabem defender a pobreza de seus trabalhos se sentem, mas para alertar. Ah! Outra coisa rápida, não estou "achando" que estou fazendo bem a ninguém, estou fazendo o que acho que devo fazer. Só isso. Abraços e volte sempre. Espero a resposta ao desafio.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Respondendo
Ulysse Nardin disse...
Sid Garcia,
Leio suas críticas jornalísticas. Creio que são oportunas. Mas sejamos realistas, a quem interessa uma imprensa correta e engajada que se preocupe em cumprir sua função verdadeira?
Talvez apenas a meio punhado de idealistas como eu e você. Vou além. Quem seriam os leitores de uma imprensa livre e consciente no Piauí? Os miseráveis que recebem dinheiro do governo no bolsa família? Darei mais um passo. Quem faria uma imprensa bem escrita e bem articulada? Os jornalistas que vivem pressionados nas redações, ganhando pouco, obrigados a cumprir números em matérias por cada manhã? Você faz críticas porque enxerga o caos. Mas, para mim, tudo está em seu lugar.
Talvez não interesse aos donos de meios de comunicação, mas uma imprensa séria deveria interessar a população que, diariamente, se informar por ela. Os leitores são os mesmos que lêem a imprensa pobre, só que aumentando o nível das produções jornalísticas do Piauí, naturalmente os leitores aumentariam suas exigências. Acredito que esse tédio não dure. Pois as pessoas também querem coisas novas, elas se cansam. A pergunta da imprensa bem escrita e articulada é boa. Realmente, existe uma pressão excessiva sobre os jornalistas. Mas, sobre isso, os jornais nacionais conseguem manter um nível cultural alto mesmo sob pressão. A questão do salário é excelente. Existe portal do Piauí que contrata estagiário por 100 reais e ainda não paga o coitado no final do mês, suga o foca até não poder mais. É uma palhaçada. E o pior que esses donos de portais não pagam melhor, muitas vezes, porque não querem. Acham cômodo ficar chamando um monte de gente sem experiência apenas para cumprir horário e dizer que é um meio muito atualizado. Patético.
Eu vejo o caos. Acho que quase todo mundo vê como se tudo estivesse normal, como se tudo fosse, incontrolavelmente, assim. Já teve gente que veio reclamar porque eu reclamava dos portais, disse que eu tinha que fazer minha parte. Pois bem. Eu faço e ainda continuo reclamando, mostrando falhas, apontando soluções. Tem gente que disse que só faço isso porque não estou "roendo o osso" do Governo e ganhando alguma coisa. Como confiar numa imprensa que acha que só pode existir gente honesta e decente até que seja comprada? Eles são desse jeito. Muitos, não todos, só não se sabe quem é sério mesmo, pois o trigo está abaixo do joio, que é em quantidade muito maior. Até os professores universitários alertam os alunos que o mundo é assim, já ensinam-os a aceitarem tudo assim. Existe censura até nas faculdades, naqueles jornalecos desatualizados que os cursos de comunicação oferecem. Talvez eu e você sejamos idealistas e nada nunca vai mudar ou a mudança será tão lenta que nem valerá a pena esperar, mas gosto de acreditar que alguns poucos jornalistas que vão lendo coisas como eu escrevo ou se descobrindo lendo jornais bons, coisas boas, possam ir acordando e tentando fazer melhor, sejam por meios alternativos, menores ou pelos principais mesmo, por que não?
O mundo parou
Vamos todos fazer como o Diário do Povo faz e considerar que, "devido as festividades", no dia 1º e 2º de janeiro de 2008 nada de relevante acontecerá no mundo e por isso nenhum jornal deve sair. Todas as emissoras de televisão também deverão ter uma tarja durante esses dois dias anunciando que os jornalistas estão "em festa" e por isso a programação normal só volta na quinta-feira. As rádios colocarão uma gravação repetitiva, nem música de fundo deve ter, falando, com uma voz monótona e séria, que não haverá programação, pois os funcionários estão aproveitando as festividades para NÃO trabalharem. Na sua coluna de hoje, Zózimo Tavares, fala que não entende muitas coisas, como, por exemplo, o governador e o secretário de Turismo não passarem o revéillon no Piauí. A coluna está muito boa, mas também tenho uma dúvida: não entendo como o maior crítico do governo do Estado do Piauí possa abandonar os leitores - pior, os assinantes! - por um dia, com uma miserável notinha responsabilizando as "festividades", como se nada acontecesse nesses dias.
“Covardia é um vício que convencionalmente é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro”. Bom, realmente não sei como classificar sua maneira de fazer “vigília” ao jornalismo piauiense. Sei sim, que é uma maneira debochada e ridícula de intimidar os colegas. Você “Sid”, que pode ser qualquer pessoa do meio, como o Cláudio Barros ou Francisco Magalhães, ou fora do meio, como o Salomão Sobrinho ou o vereador Fernando Said, que também é jornalista, ou até mesmo Danilo Damásio, que agora resolveu ser um homem das letras e com isso, achar-se o dono da verdade. Pois bem, a autoria é o que pouco importa nesse momento, já que você optou pela covardia do anonimato para denegrir, não apenas o trabalho, mas também a imagem de nossos colegas. Você deve se achar que está prestando um excelente trabalho ao meio jornalístico do estado. Mas não está. Quando você deixa seus protegidos de fora, e não são poucos, também contribui para o desserviço da categoria. Também quero informá-lo de que seu reinado de covardia do anonimato está com as horas contadas, isso porque o Blogspot vai disponibilizar sua identidade, já quem vem, severamente, denegrindo a imagem de outras pessoas. Então, como você já deve saber, que é grande a torcida para que sua identidade venha à tona. Aí sim, vamos saber se você terá coragem de enfrentar as pessoas que agride. E quando seu nome surgir, serei eu o primeiro a dizer a você meu nome e lembrar esse e-mail. Agora outros colegas, por esses não serei responsável pelas atitudes, já que boa parte deles não gosta da maneira covarde e ridícula como você vem tratando nós, os jornalistas.