quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Um espectro ronda os meios de comunicação

Estou por aqui. Sempre observando o meio. Como alguém comentou, não é por tentativas de descobrir minha identidade que eu me recolhi e parei de postar por um tempo, mas foi apenas para aperfeiçoar as observações. Como percebi, os jornalistas mente fechada daqui do Piauí não se interessam pelas críticas, mas apenas para o ignóbil de descobrir quem é o tal Sid. Qual a utilidade de descobrirem minha identidade? Perseguição, alívio ou algo do tipo? Não servirá de absolutamente nada útil, tenho certeza. Como disse Balzac (algum jornalistazinho sabe quem foi esse daí? Duvido), numa frase já clichê, se a imprensa não existisse, seria preciso não reinventá-la. Porque ela não aprende nada. Porque é burra. Analfabeta. Inculturada. Cai nos mesmos erros sempre e sempre e contamina o resto da população com seus defeitos. As pessoas realmente acreditam nos meios de comunicação e os respeitam. Se conhecessem pessoalmente um jornalista dos tantos que respeitam, veriam como são pessoas ordinárias, talvez com um pouco mais de ganância que a maioria e com pouca inteligência e criatividade para fugirem do marasmo das redações e conseguirem criar algo belo de ser admirado. Não desejo ser alimento para fofoca dessa gentinha que não estuda, que não se respeita e não respeita ninguém, que não entende os problemas da sua sociedade, mas insistem em bater no peito afirmando serem "formadores de opinião". Sim, formam mesmo a opinião da comunidade. Infelizmente. Isso serve apenas para as pessoas se tornarem piores que os próprios jornalistas, adquirindo apenas seus defeitos mais vis. E, infelizmente, de novo, a palermada de "midiáticos" que lerem essa postagem irão rir, fazer gracejo, fazer aquela fofoca imbecilizada, covarde e escondida das redações e de novo repetiram o erro de sempre. Quem é Sid Garcia?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A invisível Globo piauiense


Entendo que minha enquete não tem valor científico nenhum e 138 votos é uma quantidade pequena se comparado com o número de usuários de internet no Piauí, mas o Portal da Clube, afiliada da Rede Globo, a maior emissora do país e uma das maiores do mundo, não ter tido um único voto (zero voto / 0 %) em um blog que, em sua maioria, é acessado por jornalistas, é algo estranho de se ver. A Clube, eu sonhava, era o portal que tinha mais chances (dinheiro, capacidade técnica, recursos, peso do nome da Globo etc) para crescer e dominar o mercado, mas o que se vê é um meio atrapalhado, que parece fazer jornalismo online sem saber direito como é. Nem mesmo uma manchete principal o site possui e sim três fotos que ficam se alternando - método, aliás, nada criativo, já que grande parte dos portais do Piauí usam esse estilo cansativo. Além de tudo, o portal não tem nada que chame a atenção do leitor para continuar lendo, todas suas notícias importantes são encontradas em outros portais ou copiadas da TV Clube. Aparentemente, não sei ao certo, parece que os concorrentes fazem uma cobertura mais rápida até mesmo sobre a piauiense no Big Brother Brasil, que é da Globo. Se não, arrisco a dizer que mesmo que a Clube tenha mais detalhes sobre o BBB, com vídeos e tudo "exclusivo", a grande maioria dos leitores comuns preferem ver as novidades nos portais grandes, como Meio Norte ou 180graus e, principalmente, no site oficial, globo.com/bbb. Aliás, não era a Clube quem deveria ter tido a idéia de colocar Sky na casa da família da piauiense? Mas foi a Meio Norte que o fez. A Clube... sempre atrás.

O portal mais confiável do Piauí, segundo os leitores

Enquete com 7 dias de duração e 138 votos, ao todo, com a pergunta: "Qual portal de notícias do Piauí é o mais confiável?". O vencedor é o Acesse Piauí com 28% dos votos (40 votos). Em segundo lugar, Meio Norte, com 20% (28 votos) e em terceiro, 180graus, com 15% (10 votos). Confira tabela completa. Daqui a pouco nova enquete.

180graus
15 (10%)
Portal AZ
6 (4%)
Acesse Piauí
40 (28%)
Cidade Verde
10 (7%)
Meio Norte
28 (20%)
GP1
10 (7%)
Cabeça de Cuia
7 (5%)
Portal da Clube
0 (0%)
45 graus
6 (4%)
Portal do Governo do Estado
1 (0%)
Portal da Alepi
0 (0%)
Portal da Prefeitura de Teresina
0 (0%)
TV Canal 13
6 (4%)
Antena 10
0 (0%)
Outro
9 (6%)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Os amadores

Eu visito pouquíssimos portais de notícias do interior do Piauí, quase nenhum vale a pena. Acho que todos os que vi tinham um design precário. Se fosse só isso, ainda estaríamos bem. Acho importante os meios de comunicação do interior terem seu espaço na internet, mesmo que pequeno e limitado, mas fazer trabalho amador ou com meros interesses pessoais - com peso muito baixo, é claro, pois os acessos dos portais de cidades minúsculas é pífio - é triste de se ver, às vezes é até cômico. Servem apenas para um deserviço à população. Dêem uma olhada na enquete do ItaueiraNet, com dica do Manoel Filho, do www.100eiranembeira.blogspot.com:
Só faltou uma enquete: "O que você acha da administração do atual prefeito? Resposta: ( ) Excelente / ( ) Magnífica / ( ) Perfeita." Como não acompanho esse tipo de site, não duvido de já ter tido algo assim. Mas, que tal a manchete de hoje do Notícias de Floriano:
Colocar palavra abreviada em título de notícia? Por favor. A diagramação e o projeto gráfico de um jornal foram criados para dar beleza estética e dor de cabeça a quem vai escrever um título e tem pouco espaço. Mas não se pode escrever errado, existem certas regras e as pessoas tem que usar a imaginação e não burlar o português. O 180graus, de novo, é fera nisso. Quem nunca viu, por exemplo, palavras como "tá" no lugar de "está", apenas para caber no espaço. Isso não é ser criativo, é colocar algo errado apenas pra não pensar num título melhor.

De volta aos portais do interior, penso que se os meios de comunicação de Teresina ainda são provincianos, que noticiam a morte de um pedreiro como matéria principal em um portal ou que, no caso do jornalismo policial, por exemplo, são pautados apenas por informações da polícia e não fazem nenhum tipo de trabalho investigativo ou até mesmo a editorial política que chega a ser patética na forma como divulgam as matérias passadas pelas assessorias de imprensa, a situação se agrava ainda mais nas cidades menores. Até Parnaíba, a segunda maior cidade do estado, falta algo constante, freqüente. Um exemplo é o Portal Delta, que passou o dia de ontem, 10, sem nenhuma única notícia. Não aconteceu nada em Parnaíba durante um dia? O blog Acesso 343 faz um trabalho melhor, e se trata de um blog e por isso não possui nem metade das ferramentas que um portal deveria ter.

Talvez o bom jornalismo - e livre das pressões capitalistas - vai existir apenas assim, nos meios alternativos, nos blogs de jornalistas que, além de trabalharem nos meios tradicionais, darão mais informações - que não pôde ser publicada nos veículos em que trabalham - para a população através de meios gratuitos e simples.

Um descanso antes de voltar para o jornalismo real

Xico Pitomba, do Portal AZ, tem postado comentários de leitores criticando a imprensa. Ele é um bom sujeito, coloca notas que criticam o seu próprio chefe e até já me ofereceu um emprego. Lembram? Ele me mandou um e-mail em seu idioma próprio: "fii, tá todo mundo notando que vc precisa vir trabalhar no AZ. Vc disse besteiras por cima de besteiras. " A idiossincrasia é algo... interessantíssimo. Mas, voltando aos comentários postados, republico um trecho:

"(...)por que você não falou dos mimos que ele [Heráclito Fortes] faz com seus coleguinhas da imprensa? Rabo preso é, Xico? Meu caro Xico, o senador vem aqui todo final do ano e dá um cala boca em seus coleguinhas. Isso é corrupção.(...)"

Ele respondeu apenas "me tira dessa", ou seja, não o inclua na lista da imprensa babona que fica elogiando essas confraternizações com a imprensa. Têm mais coisas lá. Um mais recente de uma moça chamada "Gatinha". Mas o interessante é ver como os meios de comunicação tentam se passar por joão sem braço, entendem o que está acontecendo - as críticas etc - e tentam tirar vantagem da situação, como se fossem vítimas ou estivessem empenhados em melhorar (recebi e-mails e comentários de vários jornalistas criticados, dizendo que o material escrito era bom e que estava servindo para alertar a classe jornalística Até o 180graus fez uma matéria sobre mim, falando exatamente isso). Refaço um questionamento do meu manifesto: "Por que não tentam, digamos... ser bons jornalistas para a população?"

A miséria do ensino de comunicação

"(...)Mais grave do que as dificuldades e problemas éticos do jornalismo investigativo hoje é o seu futuro, ou melhor, a falta de perspectiva de que se faça algo do tipo no longo prazo. Os jovens que são despejados no mercado de trabalho não têm idéia de como fazer esse tipo de reportagem [investigativa] - e boa parte não quer saber mesmo. A maioria dos cursos de jornalismo não tem disciplinas que ao menos discutam o assunto. Em vez de lecionar técnicas de jornalismo investigativo e debater problemas éticos da profissão, as faculdades concentram-se em alienar os estudantes com o lixo pseudo-sociológico de estudos de comunicação e "pós-modernidade". Ao invés de seduzirem os alunos com as belezas e os momentos fantásticos que eles poderão viver na profissão, os professores preferem insistir na visão amargurada e parcial das agruras do ofício. O jornalismo é os dois, por isso é apaixonante.
Mesmo os estudantes que insistam em seguir esse caminho terão dificuldades. O foca que consegue vaga em redação é, normalmente, submetido a um salário baixo e a subserviços durante muito tempo. Por essas razões, há um fenômeno recente de repórteres jovens que não conseguem ficar mais do que quatro, cinco anos na redação. Sem chance de ao menos trabalhar na mídia, nem cogita se empenhar em atividades de investigação jornalística. Produz-se um pensamentos inquietante: se os repórteres que começam a trabalhar hoje têm uma vida útil de apenas cinco anos, quem fará esse tipo de matéria no futuro? É um problema a ser pensado pelas chefias das redações brasileiras."
(Trecho do texto Encruzilhada, do jornalista Diego Escosteguy, de 25 anos).

Encontrei também uma entrevista com Escosteguy no blog www.ftcoutinho.blogspot.com recomendo a leitura, abaixo reproduzo alguns trechos:

NaPrática - Como foi o início de sua carreira?

Diego Escosteguy - Sempre tive dificuldade com o academicismo da faculdade. Para mim, jornalismo é prática, e o curso só me ensinava teoria. Logo no primeiro semestre, procurei uma forma de atuar na prática, e daí surgiu a revista Lente. A preferência pela prática foi uma opção que me ajudou muito. No começo do curso, participei de uma seleção de estágio no Jornal de Brasil, e concorri com pessoas dos semestres mais avançados. Graças à experiência prática que tinha, consegui a vaga. Mas também tive sorte, e tirei proveito disso. Na seleção do estágio, tive que cobrir uma pauta chatíssima na Câmara. Por sorte, aconteceu um tumulto, e fiz uma matéria exclusiva, já que era hora do almoço e não havia repórteres no local. Naquela situação eu tive sorte, mas foi com a experiência prática que pude aproveitar e fazer uma boa matéria.

NP - Quais os requisitos para uma boa investigação?

DE - Tudo se resume a suor. Conseguir boas fontes e documentos é um trabalho árduo. É preciso aliar a técnica com o senso de oportunidade.

NP - Você é favor à obrigatoriedade do diploma de jornalismo?

DE - Eu não tenho opinião assertiva sobre o tema. Acho que deve ser obrigatório, mas não nos moldes de hoje.

Não vejam, não vejam!!!


Você pode resistir ao clique?


O Blog do Efrém Ribeiro, do portal Meio Norte, divulgou hoje fotos de um pedreiro que caiu de um telhado e morreu, não vou colocar a imagem da página dessa vez porque as fotos são violentíssimas, quem quiser ver, basta clicar nos links em vermelho. O Meio Norte tem um, digamos, "código de conduta", onde afirma que está "compromissado" a fazer apenas jornalismo voltado para a verdade, "crescendo sem desconstruir" etc. Gostaria de entender qual a utilidade pública em mostrar fotos de sangue, de um homem morto. O que a sociedade pode aprender com isso? A não subir no telhado? Ainda colocaram uma tarja ultra-sensacionalista na primeira página "FOTOS CHOCANTES". Usar desse tipo de apelação para chamar a atenção dos leitores é uma forma de tirar o foco para a falta de conteúdo que contamina as redações. O 180graus era o rei de fazer isso. Cheguei a ver a infantilidade de colocarem "Imagens fortes. Não clique". O Portal AZ, como já disse em posts anteriores, era até uma alternativa para esse tipo de jornalismo sem-conteúdo interessante, mas agora criaram por lá o "Plantão da Madrugada", para poder concorrer com a falta de qualidade. Existe uma idéia que o que é muito lido ou assistido é bom, de boa qualidade. Não acredito de forma alguma. Mas não estão preocupados em serem bons ou respeitados ou até mesmo dignos da profissão, mas, apenas, conhecidos. O importante é o "clique".

Digitação

Acima está o título de uma notícia do jornal O Dia, edição de hoje. Erros de digitação como esquecer letras, colocá-las em outra ordem numa palavra são, até certo ponto, aceitáveis. Coisas pequenas podem passar despercebidas pelos olhos de muitos. Mas, em um título de um jornal impresso? Às vezes, tem-se a impressão, e muitos amigos já me disseram isso, que os jornalistas não prestam atenção nas coisas que escrevem, não lêem e relêem diversas vezes. Por isso a freqüência de se ver erros, nas notícias, que são apenas falta de atenção. Um leitor deste blog comentou que já chegou a ver o famoso "CLIQUE AQUI" em um jornal impresso, evidentemente copiado na íntegra de um texto da internet.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mensagem

Do blog do Ieldyson Vasconcelos, originalmente postada no blog do Efrém Ribeiro, ambos do Meio Norte:

Hum... tem alguém sujando a imagem da ingênua e coitadinha classe dos jornalistas. Pior: extorquindo. Por que não citam o nome desse elemento do mesmo jeito que citam diversos bandidos, não-julgados, em seus programas policiais? Jovens jornalistas, atenção, não ouçam o bicho-papão citado pelo blog, ele é mau. Trilhem o caminho que os meios de comunicação do Piauí já trilham, da verdade acima de tudo, da apuração rigorosa de toda notícia, do "jornalismo do bem". Façam isso. Sejam como todos os outros e tenham certeza que tudo é perfeito, o mundo é maravilhoso e todos estamos felizes e satisfeitos.

Limitado

O Blog Eleições nos EUA, da Meio Norte, começou a colocar as fontes das informações postadas. Isso é suficiente? Claro que não. Na minha ingenuidade, acredito que o blog deveria ter a função de, além de traçar um perfil completo de toda a eleição no país norte-americano, também analisar diversos fatores políticos e sociais da região e não apenas servir como um gatekeeper das notícias que saem nos meios de comunicação nacionais. Qual a utilidade? Nenhuma. No máximo, vai dizer ao leitor o que ele deve ler sobre o tema, juntando pouca informação num lugar só.

A capa de um livro

Jornalismo à parte, gostaria de falar sobre o layout da página de internet do Diário do Povo, o único dos principais jornais de Teresina que não se transformou em portal. O design de um site é importante para os leitores, pois, além de ter que agradar com uma beleza estética satisfatória, deve também possuir ferramentas simples e práticas e, obviamente, sem erros de programação. Mas, existe programação na página do Diário do Povo? Parece que não. Existem webdesigners trabalhando lá? Espero que não, pois se existirem, trabalham mal.
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Quando se clica no link CAPA, que fica no MENU esquerdo da página, vai-se para a página do Diário de 22 de junho de 2006, época da Copa do Mundo, tem até legenda da foto principal, que não se alterou para junho, mas continua com a foto do dia atual: OS RONALDOS durante o treino para o jogo contra o Japão.
Fizeram essa parte do menu há quase dois anos e nunca mudaram. Onde estão os webdesigners? Além disso, o design é pobre e as ferramentas são inexistentes, falta quase tudo. Alguém pode encontrar, para mim, o e-mail da redação do Diário? Não se acha em lugar algum.
Outro problema são os erros nos links das matérias. Vejam só:
Com o mouse sobre a matéria "Abertura do Carnaval será na sexta-feira", matéria daqui do Piauí, o link, na verdade, está para a editorial "Nacional". Quando se entra, só as notícias nacionais e nada do bendito carnaval:
Claro, sem esquecer de um tal de Cadastro que sempre aparece antes de acessar uma matéria. O cadastro não é obrigatório, aposto uma moeda que quase ninguém o faz, pois só precisa entrar em "Este cadastro é opcional, portanto caso queira prosseguir com a visualização da página desejada clique aqui." É freqüente aparecer problemas e chateações do tipo. Lembro até um tempo atrás que o Diário fechou o site apenas para assinantes do jornal. Uma semana depois abriram de novo. Que houve? Imagino que os leitores não pagariam pelo precário serviço online. O jornal nem chega a ser mau, talvez o mais "político" dos três principais, mas a versão virtual precisa melhorar e muito.

Triste.

Não usem perucas, sejam autênticos

Jogou várias indiretas, mas finalmente, Roberto Alencar, da Gazetilha, do 180graus, resolveu falar diretamente para mim. É isso aí. E já tirei o screen-shot, pois o tal gosta de escrever suas estórias e depois apagá-las (aliás, já apagou, sabia que não tinha coragem para manter o que diz, depois eu não tenho CREDIBILIDADE). Ele deve estar mesmo muito preocupado comigo, para ter contado todos meus erros, desde que iniciei o blog. Mais de 170! Parabéns. Espero mesmo que meus textos sejam usados em salas de aulas, pelo menos verão o nível da Gazetilha e poderão analisá-la melhor, com certeza evitarão acessá-la (desculpe não recomendar a sua para os estudantes de jornalismo, não seria saudável). Como homenagem ao meu fã, colocarei algumas pérolas do 180graus, seu portal, que venho captando há algum tempo. Mais tarde coloco mais:

Eloísa quem? Candidata de onde?

Ô lapa de jornalismo decente!


Olha a "lapa" aí de novo gente. Lapa danadinha.

Como é? Não acredito que disseram que a cocaína era boa. Sei não...

Agora o bicho vai pegar

Leitor me escreve para falar do AZ, falando que ele não deveria posto uma manchete sobre o BBB, pois antes este portal era algo sério. Tudo bem, Arimatéia faz o que quiser com seu portal, se quer comer o próprio rabo, imitando os outros, não vou falar mais nisso, cansei. Ele é mais velho do que eu, deve ter mais experiência. Mas, que diabos é aquela música ridícula do Tropa de Elite que toca toda vez que se entra lá? "Agora o bicho vai pegar, tá de bobeira"? Ainda fiquei me perguntando de onde vinha essa música. Os homens sérios, desembargadores, promotores, políticos e tal que adoram o AZ, devem gostar muito da melodia.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

As velhas novidades do Meio Norte

Juro que iria elogiar o Meio Norte por fazer um blog falando das eleições nos Estados Unidos, afinal, os assuntos internacionais são ignorados, quase completamente, pelos piauienses. Mas, olhando o blog Eleições nos EUA, achei algo estranho. Dei uma pesquisada na internet e bingo! o blog é só uma cópia da internet. Novidade. A cópia maior é do site do britânico BBC Brasil.

O Meio Norte diz:

(...)

Desta vez, o processo de escolha começou neste dia 3 de janeiro - mais cedo do que em ocasiões anteriores. Entenda esse processo e como funciona a corrida para a Casa Branca.

- Quando é o pleito?
O 44º presidente dos Estados Unidos será eleito no dia 4 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, ocorrem eleições para renovar totalmente a Câmara dos Representantes e um terço do Senado.

(...)

BBC Brasil diz:

Desta vez, o processo de escolha começa neste dia 3 de janeiro - mais cedo do que em ocasiões anteriores. Entenda esse processo e como funciona a corrida para a Casa Branca.
Quando é o pleito? O 44º presidente dos Estados Unidos será eleito no dia 4 de novembro de 2008. Ao mesmo tempo, ocorrem eleições para renovar totalmente a Câmara dos Representantes e um terço do Senado. (...)

Patético, não? É uma pena que "entender" as eleições no país mais importante do mundo é apenas copiar informações de outro portal que realmente analisou os fatos - não falo do Último Segundo, onde a notícia está hospedada (e que deu os créditos), mas da BBC Brasil, que estudou, de fato, a questão e vendeu sua notícia. E o Meio Norte ganha todo o crédito por aqui, de graça, só no CTRL+C e CTRL+V. Não devem nem ler o que dizem, apenas editam para ficar um pouco diferente - versão blog. E não é só isso. Têm mais coisas, mas não vou ficar citando igualdades, é cansativo para você e para mim. Confiram as duas "versões":

Obs.: Um erro no blog está impedindo que as imagens, quando clicadas, fiquem no tamanho natural, que daria para ler o texto na forma de imagem. Para verem o que digo, cliquem nos links em vermelho, nesta postagem, para irem aos sites indicados.

Eu, notícia

Quando meu manifesto foi publicado no Observatório da Imprensa, alguns portais de notícias publicaram o feito, mostrando que um certo "Sid Garcia" estava metendo bronca no jornalismo piauiense. Confesso que não falei do ocorrido pois só fui descobrir a repercussão dias depois e achei que a história já era velha. Mas hoje vejo que saí no 180graus e vou analisar a notícia. Vamos de novo para algo que já falei e que me cansa sempre, a matéria diz o seguinte: "(...)As informações contidas no 'Blog do Sid', apesar dele manter-se no anonimato- o que prejudica a sua credibilidade(...)".
Pergunto de novo: apenas por que não me conhecem significa que estou no anonimato? Eu preciso ser alguém "do meio", algum de vocês, para poder ter feito meu trabalho como estou fazendo? Acho que não. ESPERO que não. Sobre o fato de acharem que anônimo prejudica a credibilidade, digo que isso não significa nada, porque não estou expondo fatos que vocês mesmos não possam verificar. Todos os dias, eu coloco uma parte de algum meio de comunicação e depois dou minha opinião. Não há o que acreditar, e sim, apenas concordar ou não. Opinião não é verdade ou mentira (só se acharem que não acredito no que digo) e sim, meramente, a maneira como vejo determinado assunto, no caso, os meios de comunicação do Piauí.

No mais, espero que os debates acerca do jornalismo em si estejam mais intensos do que a vontade que os jornalistas têm de me identificarem (o que, infelizmente, não acredito). Como a matéria diz: "Seus textos têm despertado os jornalistas para uma reflexão do trabalho que fazem atualmente."

P.S.: No final da notícia tem um inexplicável "180graus.cm(sic), LÍDER E INDEPENDENTE!". Antes que os paranóicos de plantão venham comentar algo, digo que não tenho nenhuma ligação com o 180graus, nem sou o Helder Eugênio (dono do portal) e nenhum de seus repórteres.

Sem internet

Estou de volta. Infelizmente, fiquei sem internet por culpa dos péssimos serviços oferecidos pela Oi Velox (antiga Telemar) no Piauí. Acho que já saiu algo no 180graus, mas é uma pauta que não foi profundamente estudada. Por exemplo, o prefixo de telefone 3233 da zona leste de Teresina possui velocidade limite de 300 kbps, não tem como os usuários com esse número solicitarem mais. Além de vários outros prefixos que a empresa nem disponibiliza o serviço da Velox. Além disso, algo que muita gente sabe, no Rio de Janeiro a velocidade mínima da Velox é 1 mb (o máximo do nosso estado), esta é o preço de 300 kbps no Piauí, pode? Os preços estão superfaturados aqui e ninguém fala nada!? E o fato da empresa ser, nacionalmente, líder de reclamações no Procon. Isso também pode dar mais peso na matéria. Só que citar empresa privada é o terror de quase todo meio de comunicação do Piauí. Covardes. É que para os empresários, toda empresa é um patrocinador em potencial e por isso não se deve correr o risco de perder uma grana no futuro.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Cada dia é o pior dia

O editorial é a opinião do jornal (sem assinatura) sobre um determinado assunto, normalmente fala-se de uma notícia que teve bastante impacto. Pois bem, no Manifesto, escrevi que o jornal O Dia era que estava mais em cima do muro de todos os jornais do Piauí, nunca era possível encontrar uma manchete com uma crítica ao Governo do Estado. Isso não é novidade. Porém, lendo os editoriais do jornal desde o início do ano até hoje, parece que os jornalistas de lá vivem num mundo fantástico, onde nada de ruim acontece. A opinião do jornal é sempre um elogio, um gracejo, um apoio - sempre, é claro, por algum político. Só o editorial do dia 1º de janeiro não elogiava ninguém, bem para começar o ano, entretanto, estava entupido de conselhos de biscoito chinês do tipo: "É importante que as pessoas estejam preparadas para recomeçar" ou "Temos a capacidade de fazer o que não deu certo" e mais "Se algo acontece por acaso foi apenas uma dessas voltas que a vida dá de vez em quando". Ah, por favor! Se expremer esse jornal-assessoria-de-imprensa-de-órgãos-públicos, sai (ao contrário daqueles que saiam sangue) caramelo, de tão meloso. Do dia 2 ao dia 6, só elogios: é Sílvio Leite pra cá, as armadilhas contra dengue da Fundação Municipal de Saúde pra lá, Sílvio Leite de novo (hum, duas vezes), aí vemos uma rapidinha no Robert Rios e uns votos de confiança para juízes, leis e políticos sem nome. Está aí. Pelo menos é um jornal honesto, a gente sabe de que lado está. A opinião que tem sempre vai ser de passar a mão na cabeça dos tais. Se pelo menos metade dos projetos que os políticos propõem e que O Dia elogia funcionassem, estaríamos noutro nível, nossas vidas estariam bem melhores. Tudo seria perfeito. É assim que um jornal serve à população? Deveria ser elogiado algo depois que acontece, não um projeto e sim seus resultados. Mas, nem falam dos resultados, que, aliás, em sua maioria, nem tem bons resultados. Ah! Falaram bem do resultado do "Xô Macaco", mas disso não preciso falar mais, já provei várias vezes que essa campanha foi um desastre, ao contrário do que disseram. De resto, o editorial condiz com suas reportagens: frias, chapas-branca etc. E só. Veja, a seguir, alguns editoriais deste ano, o resto é só acessar, não vou colocar tudo pra não pesar a página ainda mais: http://www.portalodia.com/jornal/default.asp

Macacos me mordam

Continua a cair cascas de bananas no meio do caminho da campanha "Xô Macaco", elogiadíssima por jornalistas antes respeitados. Acabei de receber fotos de órgãos ilustres que respeitaram a campanha do secretário de Turismo, Sílvio Leite:

Em frente a placa da campanha.

Vejam quem era o mico.

Leiam

A entrevista é do mês passado, mas só vi agora e é muito interessante, principalmente para os jornalistas daqui, com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. Alguns coisas que ela disse:

"O jornalista é como padre. Se a pessoa pede off, eu respeito. Agora, se você vê que a Mônica é uma colunista que se veste mal, por que não colocaria isso na matéria? Não tem sentido que eu peça para você escrever que eu me visto bem."

"Sabemos que os leitores se interessam por notícias sobre a vida pessoal das pessoas públicas. Os casos extremos de separação e doença publicamos com o consentimento da fonte. Uma vez, quando o Arnaldo Antunes se separou, uma pessoa muito ligada a ele, em off, confirmou a história. Mas foi ele ou o melhor amigo que se separou? Então não demos. E se ele ainda não tivesse avisado à mãe e aos filhos?"

"No jantar da rainha Sílvia, da Suécia, que foi uma super, hiper, megafesta, sentei ao lado do Fernando Arruda Botelho [acionista do Grupo Camargo Corrêa] e perguntei: "Como está essa coisa dos espanhóis?". Ele falou: "Os espanhóis vão arrebentar os empresários brasileiros". Deu primeira página. No outro dia, fui a um jantar onde estava o vice-presidente da GM. Eu não sabia direito o que perguntar, então pensei: "Bom, os empresários, com o Brasil a mil, estão buscando financiamento". Então cheguei nele e perguntei: "Qual seu pleito no BNDES?". Ele respondeu: "R$ 650 milhões". Estou sempre procurando arrancar."

Veja entrevista no site da Revista Imprensa.

Big Brother

Lá vai um elogio. A cobertura que a imprensa está dando para a piauiense Gyselle, que vai pro Big Brother Brasil está sendo satisfatória. Já criaram páginas especiais, comunidades de orkut e até o Meio Norte fez um sem graça, mas oportuno, selo para os "fãs" usarem no MSN. Hoje o AZ está lançando um blog para a moça. O editorial de O Dia, com um pouco de babação para Sílvio Leite (normal), afirma também que espera que ela faça propaganda do nosso turismo durante o programa. O BBB é um programa fútil e popular, provavelmente a moça não deverá mudar a mentalidade de ninguém sobre o Piauí - no máximo fazer com quem alguns telespectadores do sul do país descubram que nosso estado exista (é comum perguntarem se o Piauí fica na Bahia). Mas, enfim, vamos esperar para saber como será a cobertura da nossa imprensa. Começou bem.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Dêem uma esmola para esse pobrezinho

A dica é de Manoel Macedo, vejam mais em seu blog http://100eiranembeira.blogspot.com (espero que os chatos não vão encher a paciência desse amigo, afirmando que eu sou ele.)Efrém não deve estar recebendo muitas doações pra colocar uma nota sem informações como essa. Daqui a pouco vão começar a acusar os leitores de não terem doado o suficiente e causarem "falta de agilidade" e notícia na coluna. Sem dinheiro não dá!

Jornalismo investigativo

Reportagem do Acesse Piauí mostra que menores de idade compraram arma para assaltar ônibus no Troca-troca. Quem nunca ouviu história de alguém que comprou coisa roubada por lá? Principalmente celular. Seria algo muito interessante e com certeza daria muita audiência mandar um repórter disfarçado, com um gravador escondido (pode ser um Mp4 pequeno preso no corpo por baixo da camisa) para tentar comprar um produto roubado (não deverá comprar, obviamente). Está faltando mais dessa coragem, desse faro na imprensa daqui, que quando são grandes e conhecidos, costumam ficar só com a bunda sentada na cadeira esperando suas fontes passarem alguma coisa. E os pequenos ficam copiando e editando dos grandes. Não sobra muita alternativa.

Eu sou eu, Nicuri é o diabo

Como tem gente espírito de porco por aqui. Se eu critico alguém, dizem que tenho interesses por trás, que estou escondendo meus protetores. Se eu falo bem ou pelo menos não falo mal, eu estou ligado a essa pessoa. Perderam o costume de ver alguém honesto - aliás, alguma vez tiveram esse costume na vida? Sempre a pessoa tem que ter um interesse oculto por trás de suas ações. Isso é triste, mas não concordo. Este blog não tem a finalidade de criticar, mas de analisar a imprensa. Sendo assim, posso elogiar também. Aconteceu também uma imbecilidade quando Francisco Magalhães, da Cidade Verde, me elogiou e divulgou meu manifesto e blog. Disseram que eu era ele. Deixem essa gente em paz. Todos os citados: Danilo Damásio, Fernando Said e outros. Que curiosidade monstruosa, acabam não lendo o que tenho a dizer. Obrigado.

O macaco caiu do galho

Coluna Bastidores, do Allisson Paixão, no 180graus. Só pra bater mais na questão. Oh jornalismozinho cara-de-pau esse do Piauí. Antes de alguém falar, já digo o óbvio: há exceções (e nem estou falando da coluna de Allisson). Falar que a campanha Xô Macaco foi um sucesso foi o cúmulo do puxa-saquismo. Desnecessário. Não era por deixar de falar que alguém perderia sua mesada com o Governo Estadual, não sei porque gente como o AZ ou Robson Costa, do jornal O Dia, se prestam a esse serviço de elogiarem uma ilusão, algo que não aconteceu. Acho que o problema nem foi se atrever a tirar fotos dos carros, como citou Allisson na sua nota, mas o pessoal deveria estar mais preocupado era na diversão, na folia. No site, tinha até a imagem de um policial falando com um cara que estava com o carro na praia. Detalhe: o policial estava de moto, na praia. Era um macaco também e estava desobedecendo a campanha "sucesso", não é? No Portal AZ teve até uma campanha paralela, que pedia que as tais fotos de macacos fossem enviadas à redação do portal. Ninguém mandou nada? Isso que é um sucesso?

Foto dos PMs macacos. Nem a polícia respeitou a campanha. (Ah tá! Vão me dizer que a campanha só falava em carro? Moto podia.)

Suicídio

A imprensa não gosta de informar suicídios porque diz que influencia. Se fosse assim, falar sobre um grande assalto onde os bandidos não foram pegos e se deram bem também influenciaria e não deveria ser informado. Deixar a população na ignorância não ajuda em nada. É o mesmo que o Governo Federal fez em relação as propagandas contra drogas: acabou, pois chegou-se a lógica que falar do tema na televisão, mesmo indicando ser um péssimo caminho, deixava a população na curiosidade, o que poderia gerar mais consumo. O consumo diminuiu sem as campanhas anti-drogas? Não. Aí a imprensa do Piauí faz como fez algumas semanas atrás: como, a princípio, não se sabe se foi suicídio ou homícidio, coloca-se a interrogação lá, se a perícia descobrir que foi suicídio, os leitores nunca saberão o que aconteceu da história? Concordo que não se deva falar de suicídio de qualquer forma, mas uma entrevista com um psicólogo que falasse sobre o assunto (até para o repórter saber como falar melhor do tema) seria uma boa saída.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Engano

Eu me enganei ao dizer que o colunista Mauro Sampaio, do Acesse Piauí, disse que eu estava errado nas ponderações feitas no Manifesto Contra o Jornalismo Piauiense. Na verdade, ele disse que não tem impedimento algum para criticar o governo, mesmo que sua chefe faça parte do mesmo. Peço desculpas pela falha, foi um problema de confiar demais na memória e não confirmar as lembranças. Ele já me enviou um e-mail falando do erro e a seguir coloco a íntegra do que ele me disse:

Obrigado pelo comentário, Sid. De fato, o Acessepiaui pertence a alguém que faz parte da equipe do governador Wellington Dias. Mas isso nunca foi impeditivo, por exemplo, da coluna pela qual respondo ser crítico ao seu modelo, aos seus modos e ao tímido e nada ousado governo que pratica. Com isso, garanto-lhe que se há um meio que permite liberdade de expressão tem sido o Acessepiaui. Quanto ao jornalismo sensacionalista, irresponsável, do disse me disse, sem conteúdo e com português sofrível, concordo plenamente com o seu manifesto.

Atenciosamente

Mauro Sampaio

www.acessepiaui.com.br

coluna Brasília

Questões primatas

Os jornais e portais que adoram babar o Governo caíram em elogios pela campanha Xô Macaco. Afirmaram que funcionou realmente, já que toda vez que tinha alguém de carro na praia, todo mundo vaiava e gritava "macaco". Não sei direito, mas o objetivo era fazer a população gritar contra os tais macacos? E o que deu no site que iria divulgar as fotos? Tem um ranking de apenas 5 fotos, sendo 3 do mesmo carro. A campanha que, segundo homens sérios, "deu certo", era SÓ ISSO!? Onde estão os corajosos que pediram fotos de autoridades com seus carros na praia, dizendo que iriam divulgar não importando quem fosse?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Enquete

Agora estarei disponibilizando uma enquete para quem visita o blog. A primeira traz a pergunta: "Qual portal de notícias do Piauí é o mais confiável?". Votem no menu ao lado.

Briga boa

Depois dizem que este blog não serve de nada e meu trabalho é inútil - alguns me ameaçam até de morte, com direito a exposição pública. Mas, digam-me: quando é que você viu um meio de comunicação denunciando outro no Piauí? Raro, não? Pois é, a manchete da noite de quarta-feira do Portal AZ mostrou que o Sindicato dos Jornalistas denunciou alguns meios à Polícia Federal, principalmente na questão trabalhista. A matéria, obviamente, não foi assinada, mas é um ponto para o AZ, que pode (e deve) até ter interesses por trás dessa notícia, mas não ficou com a frescura que a maioria dos meios daqui do Piauí tem de não citarem os concorrentes (está bem, eu sei que a maior da notícia parte é edição do jornal do sindicato, mas mesmo assim, os outros portais nem publicaram o fato). O fato é que a maioria dos portais do Piauí não respeitam nenhuma lei do trabalho, contratam de qualquer jeito e a custos mínimos (tem lugar que contrata para mais de 8 horas de trabalho e por menos de um salário, sem contrato nenhum, é tudo oral). Arimatéia Azevedo está tranqüilo para ter permitido a publicação, com certeza tudo está certinho por lá. Só não dá pra entender a atitude do Sindicato, que, segundo a matéria: "A diretoria do Sindjor solicitou que sejam feitas fiscalizações nos jornais Diário do Povo, O Dia, Sistema Meio Norte, TV Antena 10, TV Cidade Verde, TV Clube, TV Antares e TV Assembléia, além dos portais 180graus, Portal AZ, Acessepiauí e Cidade Verde." E os outros meios? Os pequenos, mas que ainda assim constituem uma empresa? Eles também podem estar contratando irregularmente e não devem ficar de fora. Só pra citar alguns, GP1, Folha de Teresina, Cabeça de Cuia, TV Canal 13, 45graus, Portal 1, Piauí Hoje e no interior: Notícias de Floriano, Luzilandia Online, Rio Grande Net e outros.

E outra, como isso pode acontecer? "O Sistema Meio Norte de Comunicação admite estagiários sem obedecer critério algum e contrata pessoas sem registro profissional para trabalhar como colunista e repórter". Então é assim? Eu admito um problema, uma irregularidade em minha empresa e nada acontece? Qual a função do sindicato mesmo?

Briga boa:

Vocês vão ver. Dessa briga não vai sair nada demais. No máximo, os donos dos meios ficarão alertas, mas não tenho muitas esperanças que, de fato, eles farão mudanças. Agora, a parte especial da matéria do AZ foi sobre nosso amigo, Roberto Alencar, do 180graus. Foi a melhor:
"O maior número de irregulares está nos portais, com destaque para o 180graus, onde pontifica como estrela maior o professor Roberto Alencar, que não é jornalista mas assina coluna diária, de conteúdo questionável do ponto de vista ético."
Ainda lembro da época em que 180graus e Portal AZ não podiam se agredir por determinação judicial. Mas, continuando, Roberto Alencar não deixou barato:

Roberto Alencar tirou essa postagem do ar agora há pouco, mas ainda deu tempo de eu tirar um screen shot. Ele dá sua resposta dizendo que qualquer um pode ter seu blog na internet e que ele já até deu aulas para turmas de jornalismo da UFPI. Ok, professor, entendemos isso, qualquer um pode ter um blog que emita opiniões pessoais, mas fazer notícia (muitas!) sem citar fontes é algo estranho. Internet não é jornal e nem TV, mas é um meio de comunicação digital como qualquer outro. A legislação ainda pode ser confusa nesse sentido, mas fazer reportagem, com tudo que uma notícia tem direito é só para bacharel em jornalismo. Outra: dar aula para turma de jornalismo não tem nada a ver com a profissão, existem professores de diversos ramos no curso de Comunicação Social, como: economistas, administradores, historiadores, psicólogos, PROFESSORES DE PORTUGUÊS etc. Isso não significa que eles podem ser jornalistas.

Queria entender porque Roberto Alencar apagou a postagem. Ele já apagou uma que, provavelmente, era para mim, onde dizia que tinha gente querendo derrubá-lo. Acho que ele pensa que ser dentro da lei, regulamentado é querer derrubá-lo. Só queremos as coisas certinhas, ô professor.

E sobre sua postagem no ar, você diz: Quem fez esse blog ser o mais acessado do Piauí foi você, leitor. Desde quando alguém lê texto ruim? Se esse blog já chegou a receber até 20 mil visitas num dia, é porque há nele algo de especial.
Isso é algo a ser discutido. Se fosse assim, os livros clássicos seriam best-sellers e os livros "fáceis" não seriam muito vendidos e não é isso que acontece. O que, na minha opinião, há de especial na sua coluna que faz ela ser acessada é o fato das pessoas acharem notícias "estranhas" por aí, que só você tem, sobre pessoas que ninguém conhece.

Vamos ver onde vai dar essa briga toda. Espero que quem ganhe com tudo isso seja o leitor, que tenha, no mínimo, a sua disposição jornalistas de verdade escrevendo as notícias, sejam boas ou ruins.

As publicidades

Logo após o lançamento do meu Manifesto, recebi do colunista do Acesse Piauí, Mauro Sampaio, a resposta de que apesar da Secretária de comunicação do Estado, Cristiane Sekeff, além do seu salário, receber para o seu portal, o Acesse, o valor de R$ 18 mil por mês, ainda assim todos os jornalistas de lá tinham liberdade plena para escreverem o que quiserem e até mesmo criticarem o Governo! Bem, questionamentos a parte, eu não posso afirmar nada concretamente (não trabalho e nunca trabalhei com a Sekeff) e mesmo no manifesto, eu apenas perguntei "isso é moral?". Cabe a cada leitor responder e julgar para si. Vendo o portal, encontra-se rapidinho publicidades como do Setut, do Governo do Piauí, da Assembléia Legislativa do Piauí e até, individualmente, do deputado João de Deus, do PT. Confia quem quer, mas jornalista ligado com político, para mim, não funciona. Está certo, não sou ingênuo para achar que exista jornalista não ligado, de qualquer forma, com algum político, mas dessa forma explícita, com direito a propaganda do site oficial de deputado? Sei não...

Maior do Piauí

Há algum tempo, mostrei que o Portal AZ tinha publicado uma notícia estranha onde dizia que ele era o maior portal da "região". Agora o 180graus fala, dessa vez com "provas", quer dizer, fontes de seus dados, revelando seus acessos. Está bem mais confiável do que seu arqui-rival na questão das fontes. Isso serve também para acordar essa gente que acha que qualidade dá visita. Isso é lenda. Já disse: se fosse assim, música clássica era mais tocada que axé. O povão nem sempre quer qualidade, e sim simplicidade, polêmica, etc. Mas lembrem-se: na hora de confiar, não é no polêmico e "escrachado" que o povo corre, e sim, no sério, que se mantém íntegro e não apela. Nacionalmente, Ratinho, Datena, Cabrini e outros tiveram, por um breve tempo, uma boa audiência, mas na hora da influência, quem dava as cartas era Jornal Nacional, Jornal da Record e os jornais sérios, com credibilidade.

Mais resposta

Anônimo Lima Verde disse...

“Covardia é um vício que convencionalmente é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez, poltronice; fraqueza de ânimo; pusilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro”. Bom, realmente não sei como classificar sua maneira de fazer “vigília” ao jornalismo piauiense. Sei sim, que é uma maneira debochada e ridícula de intimidar os colegas. Você “Sid”, que pode ser qualquer pessoa do meio, como o Cláudio Barros ou Francisco Magalhães, ou fora do meio, como o Salomão Sobrinho ou o vereador Fernando Said, que também é jornalista, ou até mesmo Danilo Damásio, que agora resolveu ser um homem das letras e com isso, achar-se o dono da verdade. Pois bem, a autoria é o que pouco importa nesse momento, já que você optou pela covardia do anonimato para denegrir, não apenas o trabalho, mas também a imagem de nossos colegas. Você deve se achar que está prestando um excelente trabalho ao meio jornalístico do estado. Mas não está. Quando você deixa seus protegidos de fora, e não são poucos, também contribui para o desserviço da categoria. Também quero informá-lo de que seu reinado de covardia do anonimato está com as horas contadas, isso porque o Blogspot vai disponibilizar sua identidade, já quem vem, severamente, denegrindo a imagem de outras pessoas. Então, como você já deve saber, que é grande a torcida para que sua identidade venha à tona. Aí sim, vamos saber se você terá coragem de enfrentar as pessoas que agride. E quando seu nome surgir, serei eu o primeiro a dizer a você meu nome e lembrar esse e-mail. Agora outros colegas, por esses não serei responsável pelas atitudes, já que boa parte deles não gosta da maneira covarde e ridícula como você vem tratando nós, os jornalistas.

Minha resposta:

Eu gostaria de entender porque insistem em dizer que estou no anonimato. Precisam que eu seja alguém conhecido de vocês e que vocês estejam se coçando para saber quem sou? Isso é olhar meu trabalho da maneira mais idiota possível, só achar quem é o tal Sid Garcia para poderem trucidar. Bobagem. E sobre eu estar escondendo meus protegidos, não protejo ninguém. A questão é que não sei de tudo e vou sabendo aos poucos e tudo que sei publico aqui. Desafio você a falar, com provas, sobre qualquer mídia aqui do Piauí e eu publicarei, até mesmo com minhas palavras. É simples. E nem falarei de covardia, você que está vindo aqui, ao meu blog, meu espaço, me ameaçar que estou "
com as horas contadas". Não estou denegrindo a imagem de ninguém, aliás, nem mesmo estou citando o nome dos jornalistas. Os donos dos meios cito sim, não para denegrir, como coitados que só sabem defender a pobreza de seus trabalhos se sentem, mas para alertar. Ah! Outra coisa rápida, não estou "achando" que estou fazendo bem a ninguém, estou fazendo o que acho que devo fazer. Só isso. Abraços e volte sempre. Espero a resposta ao desafio.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Respondendo

Anônimo Ulysse Nardin disse...

Sid Garcia,
Leio suas críticas jornalísticas. Creio que são oportunas. Mas sejamos realistas, a quem interessa uma imprensa correta e engajada que se preocupe em cumprir sua função verdadeira?
Talvez apenas a meio punhado de idealistas como eu e você. Vou além. Quem seriam os leitores de uma imprensa livre e consciente no Piauí? Os miseráveis que recebem dinheiro do governo no bolsa família? Darei mais um passo. Quem faria uma imprensa bem escrita e bem articulada? Os jornalistas que vivem pressionados nas redações, ganhando pouco, obrigados a cumprir números em matérias por cada manhã? Você faz críticas porque enxerga o caos. Mas, para mim, tudo está em seu lugar.

Respondo:

Talvez não interesse aos donos de meios de comunicação, mas uma imprensa séria deveria interessar a população que, diariamente, se informar por ela. Os leitores são os mesmos que lêem a imprensa pobre, só que aumentando o nível das produções jornalísticas do Piauí, naturalmente os leitores aumentariam suas exigências. Acredito que esse tédio não dure. Pois as pessoas também querem coisas novas, elas se cansam. A pergunta da imprensa bem escrita e articulada é boa. Realmente, existe uma pressão excessiva sobre os jornalistas. Mas, sobre isso, os jornais nacionais conseguem manter um nível cultural alto mesmo sob pressão. A questão do salário é excelente. Existe portal do Piauí que contrata estagiário por 100 reais e ainda não paga o coitado no final do mês, suga o foca até não poder mais. É uma palhaçada. E o pior que esses donos de portais não pagam melhor, muitas vezes, porque não querem. Acham cômodo ficar chamando um monte de gente sem experiência apenas para cumprir horário e dizer que é um meio muito atualizado. Patético.

Eu vejo o caos. Acho que quase todo mundo vê como se tudo estivesse normal, como se tudo fosse, incontrolavelmente, assim. Já teve gente que veio reclamar porque eu reclamava dos portais, disse que eu tinha que fazer minha parte. Pois bem. Eu faço e ainda continuo reclamando, mostrando falhas, apontando soluções. Tem gente que disse que só faço isso porque não estou "roendo o osso" do Governo e ganhando alguma coisa. Como confiar numa imprensa que acha que só pode existir gente honesta e decente até que seja comprada? Eles são desse jeito. Muitos, não todos, só não se sabe quem é sério mesmo, pois o trigo está abaixo do joio, que é em quantidade muito maior. Até os professores universitários alertam os alunos que o mundo é assim, já ensinam-os a aceitarem tudo assim. Existe censura até nas faculdades, naqueles jornalecos desatualizados que os cursos de comunicação oferecem. Talvez eu e você sejamos idealistas e nada nunca vai mudar ou a mudança será tão lenta que nem valerá a pena esperar, mas gosto de acreditar que alguns poucos jornalistas que vão lendo coisas como eu escrevo ou se descobrindo lendo jornais bons, coisas boas, possam ir acordando e tentando fazer melhor, sejam por meios alternativos, menores ou pelos principais mesmo, por que não?

O mundo parou


Vamos todos fazer como o Diário do Povo faz e considerar que, "devido as festividades", no dia 1º e 2º de janeiro de 2008 nada de relevante acontecerá no mundo e por isso nenhum jornal deve sair. Todas as emissoras de televisão também deverão ter uma tarja durante esses dois dias anunciando que os jornalistas estão "em festa" e por isso a programação normal só volta na quinta-feira. As rádios colocarão uma gravação repetitiva, nem música de fundo deve ter, falando, com uma voz monótona e séria, que não haverá programação, pois os funcionários estão aproveitando as festividades para NÃO trabalharem. Na sua coluna de hoje, Zózimo Tavares, fala que não entende muitas coisas, como, por exemplo, o governador e o secretário de Turismo não passarem o revéillon no Piauí. A coluna está muito boa, mas também tenho uma dúvida: não entendo como o maior crítico do governo do Estado do Piauí possa abandonar os leitores - pior, os assinantes! - por um dia, com uma miserável notinha responsabilizando as "festividades", como se nada acontecesse nesses dias.