segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Faculdades de Comunicação

Esta é minha última postagem de 2007, peço aos meus leitores, os que puderem, é claro, que me mandem algumas informações sobre as faculdades em que estudaram Comunicação Social (dados sobre o nível dos professores, o que aprenderam, a infra-estrutura etc). Estou fazendo um levantamento do ensino de Jornalismo e Publicidade e logo que tiver mais informações, farei uma análise delas, mas isso só no próximo ano. Obrigado pelos comentários e abraços a todos! Divirtam-se!

domingo, 30 de dezembro de 2007

Retrospectiva

Todo final de ano, os meios de comunicação costumam fazer uma retrospectivas dos acontecimentos mais importantes. Isso serve, principalmente, como uma análise, uma reflexão sobre os problemas, as dificuldades, os planos a se resolverem no ano que chega - e é bom até mesmo para a falta de notícias que esse período tem. Mas, onde estão as retrospectivas dos portais do Piauí? Se deixei passar alguém, por favor, me avisem, pois são poucos os encontrados, quase nada, mas vamos lá:


O 180graus.com fez um bom trabalho. Apesar dos exageros, como dizer que "Tropa de Elite" foi o filme mais assistido da história (?) e novamente, o acidente da TAM, em Guarulhos, onde o portal afirma ser o maior acidente da história - não é só do Brasil que digo, mas do mundo. Bem, o filme mais assistido da história do mundo eu não tenho certeza, chuto que seja E o vento levou..., Casablanca, Titanic ou Star Wars. Sobre o maior acidente, foi o acidente de Tenerife, na Espanha, que matou mais de 500 pessoas. Mas voltando a retrospectiva, foi interessante o fato do 180graus, diferente dos outros portais, não colocar as matérias na íntegra. Retrospectiva é apenas um resumo de tudo e foi colocado, como se pode ver na imagem ao lado, cada mês, separadamente e antes disso, uma pequena explicação geral de todos os acontecimentos. A mais bem feita.



O Acesse Piauí, apresentando uma montagem de fotos das principais imagens do ano, fez uma pequena análise em algumas editorias: policial, política e economia. Depois, ao invés de oferecer TODAS as principais notícias de cada mês, preferiu ir pelo caminho mais fácil (e preguiçoso) e escolheu apenas as 5 mais acessadas de cada mês. Ainda colocou um pequeno porém "Algumas matérias de grande relevância ficaram de fora, mas preferimos manter a fidelidade da sua escolha." Triste deve ter sido o ano para o Acesse, que nem imagens colocou em sua retrospectiva, apenas a montagem mal-feita, onde foram colocadas algumas fotos com péssima qualidade, umas sobre as outras, criando uma bagunça só, que ficam sob o nome quase imperceptível
"Retrospectiva".







Desculpem-me por não disponibilizar a página inteira do Portal AZ, mas não consegui capturar tudo, pois possui tanta foto que está travando a máquina na hora de copiar. Mas, são exatamente as fotos que mais chamaram atenção na retrospectiva do AZ. Boas e grandes imagens. Não precisava colocar tudo em uma única página, pois ficou muito pesado e também esqueceram de colocar, no mês de dezembro, que, segundo dados inexistentes, o AZ se tornou o mais acessado portal de alguma região, que eles não mencionaram. Graças a Deus eles não colocaram aquela tarja ridícula nas imagens, indicando que as fotos são de sua propriedade. Não serve de nada. Apenas uma vaidade inútil. No mais, a retrospectiva ficou boa.



O Meio Norte fez uma página especial para o Revéillon, só isso. Nada de retrospectiva. Cidade Verde também deve ter esquecido desse detalhe em sua home page. Nos pequenos, o TV Canal 13 fala apenas do revéillon. GP1, que não tem nada de portal da Globo, não fez nada. Entendo que talvez os novatos não possuam arquivo suficiente para uma boa retrospectiva, mas nem todo pequeno é novo. O Cabeça de Cuia, por exemplo, deixou, no mínimo, uma perguntinha em sua enquete questionando o que os leitores acharam de seu trabalho em 2007. Achei uma retrospectiva bem feita no adolescente 45graus.



A retrospectiva do 45graus foi mais para seu canal de vídeo, o 45tv, do que para as notícias escritas. Cheio de exageros também, como o 180graus, onde afirma, por exemplo, que foi aplaudido por diversos médicos em suas reportagens sobre saúde. O portal não é assim tão visto, aliás, o público se restringe mais a jovens - mesmo que insista em reportagens "adultas" (?). Sobre a retrospectiva, uma boa edição no vídeo e apresentou de forma sucinta, os acontecimentos que o portal conseguiu acompanhar durante o ano.



Análise geral:
Na internet, alguns portais deixaram a desejar, esquecendo que a população, no geral, gosta de ver o que "viveu" no ano que vai embora, para tentar melhorar no ano seguinte. Não são apenas as festas, o revéillon e a diversão que contam, mas fazer um balanço de tudo é importante até mesmo para o próprio meio de comunicação consertar suas falhas. É um trabalho difícil e sei que tem gente que quer é brincar nessa época (e como jornalista gosta de uma farra!), mas dá pra tirar um tempinho e fazer uma reflexão, junto aos leitores, de tudo que foi importante para o Piauí e o Brasil.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Literatura e jornalismo

E agora uma matéria bem escrita. Por Rômulo Maia, no Acesse Piauí. Está certo que ainda possui pequenos erros de português e carência de fontes, mas é difícil se ver notícias no Piauí escritas assim, se utilizando de técnicas da literatura para contar fatos comuns, rotineiros. Isso realmente dá um tempero novo ao que chega a ser banal.

Respondendo comentários oportunos

Anônimo Salô disse...

Você diz que no seu blog não serão feitos comentários com o intuito de destruir ou denegrir a imagem de ninguém. Mas cita o nome dos repórteres, em algumas matérias, em outras não. Qual o critério que você utiliza? Você não está expondo os repórteres assim?


Minha resposta:

O critério que eu utilizo é quando eu falar algo que tenha absoluta certeza, como uma análise de uma matéria mostrando os erros do repórter, aí sim poderei citar o nome e quando for denúncia ou algo a ser investigado, que o nome fosse guardado até sua devida apuração. Mas acho que você tem razão sim, Salô. Vou evitar citar os nomes, pois talvez esteja realmente expondo as pessoas. Elas saberão quando eu citar suas matérias. A postagem abaixo terá o nome da repórter removido.

Anônimo Um anônimo me escreveu e pediu para não ter seu comentário publicado. Certo. Mas vou respondê-lo.

Minha resposta:

Você disse que estou ilegal pois sou anônimo. Mas de onde você tira que estou no anonimato? Você me conhece pessoalmente e sabe que meu nome real não é Sid Garcia? Uma coisa é ser anônimo e outra é não se expor. Se não me exponho minha vida particular a qualquer um, tenho meus motivos e isso não tem nada a ver com livre-expressão. E se estar no anonimato é estar ilegal, você também está ilegal, correto? Pois comentou sem se identificar em meu blog.

Nem queria falar, mas...



Clique na imagem para ver o Peido da cassação de Felipe Santolia. Eu nem queria mais falar em AZ e sei que isso é erro de digitação e acontece com qualquer um, mas que é bobo e engraçado é. Só pra pegar no pé dos AZs.
Há alguns dias, sugeri uma pauta sobre o problema que o Piauí sofre na hora de comprar passagens para algumas cidades do Nordeste como Recife, Natal, João Pessoa, Maceió etc. Então vejo a triste reportagem do Diário do Povo, sobre o crescimento do movimento na rodoviária, não precisava mostrar um problema em si, como era minha sugestão, mas podia ser mais apurada e mostrar fatos mais reais. Deve ter sido feita às pressas, sem planejamento, tanto que nem deu tempo de falar com o diretor da rodoviária. Vamos a análise:

O título afirma que "Movimento na rodoviária aumentou 200%", mas ao ler a reportagem, percebe-se que apenas uma pessoa afirmou isso, que a repórter nem chegou a citar a tal empresa, falando sobre o aumento "disse o encarregado de vendas de uma empresa que oferece linhas para o litoral Leonardo Alves. " Qual empresa? Pode ser uma pequena, que tinha 10 passageiros e passou pra 30. A opinião dele não significa nada, muito menos um aumento de 200% de todo o movimento na rodoviária.

A reportagem diz: "Ainda pela manhã uma fila se formou em frente ao guichê dessa mesma empresa, mostrando que a maioria dos teresinenses deixa para comprar a passagem na última hora." - Não vou contar a repórter, é segredo e ninguém sabe, mas a fila se forma de madrugada, toda hora tem fila até em dias comuns, imagina nas férias.

E continua. Não confiando na opinião do "encarregado de vendas" de uma empresa misteriosa, a repórter foi perguntar ao "auxiliar de catracas do terminal", sim, isso mesmo, não se engane, aquele homem que autoriza a passagem com uma assinatura no setor de embarque. O homem não sabia de nada, obviamente, pois não era sua função, mas isso não é problema: "O auxiliar de catracas do terminal, Antônio Félix, não soube estimar o número de passageiros que passaram por ele antes do embarque, mas ele diz que a movimentação será ainda maior hoje." Com as duas fontes confiáveis, a matéria ia sair perfeita, se não precisasse averigüar mais alguma coisa. Primeiro, a repetição: "Pelo menos num posto de vacinação instalado na frente da rodoviária pelo menos 850 pessoas já tinham sido vacinadas contra a febre amarela até ontem." Pelo menos isso ela não prestou atenção.
E a segunda é a opinião de uma técnica em enfermagem: "Independente do destino escolhido pelo passageiro, a vacina pode ser tomada por todos que passam por aqui, principalmente para os que viajam para Goiânia, em Goiás, onde há suspeita da doença”, disse a técnica em enfermagem Lúcia Silva. " - Tudo bem, era só a opinião da técnica, mas não custava dar uma pesquisada e saber que existe o risco de febre amarela no Piauí também e imagino que existam mais pessoas que vão para o interior do nosso estado que para Goiânia. Veja aqui reportagem da Folha de São Paulo sobre a febre amarela estar presente no Piauí (lá na parte da doença citada).


Ah! Ainda tem a foto da matéria, onde a legenda diz: "Número de passageiros superou o ano anterior, em vendas". Não vi, devo ter sido desatento, mas qual o número de passageiros do ano passado? E deste ano? Nem isso se diz na reportagem.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Glória


Dica do Manoel Macedo. O autor da página deve ter se atrapalhado, tudo Perez, se confunde quem morreu. Veja mais em: http://100eiranembeira.blogspot.com

Mais um pouco do AZ

Ao lado está Assis Chateaubriand, dono de diversos jornais, revistas, rádios e televisões. Ele trouxe a TV ao Brasil, com a extinta Tupi. Inovou na diagramação dos jornais, que na sua época, lá por volta dos anos 30 até 70, eram uma bagunça só. Apesar dele ter métodos "errados" de se crescer seus meios de comunicação, ele possuía visão e crescia, investia e inovava no Brasil e dominou os meios de comunicação até a sua morte. De certa forma, no Piauí, Paulo Guimarães e Helder Eugênio, respectivos donos do Meio Norte e do 180graus, também são visionários e procuram alastrar suas idéias e assim criar novas formas de comunicação (até mesmo para serem os primeiros a terem começado alguma novidade no estado). Não defendo seus métodos e talvez os dois sejam tudo que falam deles - e não são coisas boas - mas acredito na visão empresarial, em criatividade, inovação, soluções diferentes. Arimatéia Azevedo, dono do AZ, não possui nem metade da visão dos dois empresários, que nem são jornalistas e nem escrevem uma coluna "corajosa" todos os dias. Ele não inova em seu portal. Talvez porque pense que já possui anos de profissão e não aceita opinião de ninguém, quem sabe? Mas ele só coloca algo novo depois que outro colocou. Não arrisca. Na morte de Flávio Menezes, me surpreendi por ter sido disponibilizado um vídeo dentro de uma notícia. Arimatéia não traz coisas novas ao Piauí. Aliás, como mencionei que seu nível, infelizmente, está caindo, vejam só, ele permitiu - nem deve ter visto - que a manchete orgulhosa que afirma que o AZ ultrapassou 2,5 milhões de visitas possui um erro de português e ficou lá, para qualquer um, desde uma hora da tarde de hoje. O título diz: Portal AZ passa dos 2,5 milhões de visitas por dia e muda de novo. Um erro infantil. Apenas trocar "DOS" por "DAS", pois são "das 2,5 milhões de visitas", um mero erro de gênero, mas que nem cansa a vista do AZ, que não se preocupa em prestar atenção em seu portal.

P.S.: Denúncia grave - Um leitor com o nome de El Periodista comenta que o jornalista que faz o PLANTÃO DA MADRUGADA, no Portal AZ possui um rádio ilegal da polícia e por isso consegue os melhores furos policiais da cidade. É algo sério e deve ser investigado. Até porque Arimatéia é amigo do secretário de segurança Robert Rios, que, sinceramente, acredito que não permitiria um disparate desses, ou permitiria?

Parabéns, AZ !

O Portal do AZ está delirando e passando informações precipitadas aos leitores. Vejam só: recentemente o IPOP fez uma pesquisa (quem não sabe?) e revelou que o 180graus era o mais acessado de Teresina, seguido do Meio Norte. Está certo, acessos mudam e a pesquisa já faz um tempo. Mas o AZ não mudou nada, apenas seu pobre layout, colocou umas notícias fortes de madrugada (intituladas de "Plantão da Madrugada) para chamar atenção e só. O Arimatéia continua com sua coluna insossa. Pois bem, na manchete de hoje o AZ afirma que passou "2,5 milhões de visitas por dia", e logo depois diz "Já ultrapassou a marca dos 2,5 milhões de hits bem sucedidos, por dia." Que eu saiba, na minha parca experiência na área, hits são os cliques dados no site, independente de onde sejam. Uma só pessoa pode dar 2,5 milhões de hits em um site. Estou errado? Acho que sim, pois os jornalistas do AZ não se esqueceram dos leigos, afirmando que os hits: "Traduzindo, são visitas de internautas que forçam uma mudança radical de servidor. "

Mas o pior foi ter dito, logo no início: "Indiscutivelmente o mais acessado da região". Que região mesmo? Região Nordeste? Região da Frei Serafim? Não é indiscutível coisa nenhuma. Qualquer um pode ver que o AZ não é o mais acessado de Teresina e nem do bairro onde o portal se encontra, basta acessar o site www.alexa.com e comparar. Para ajudá-los, eu mesmo fiz uma comparação entra 180graus, Meio Norte e Portal AZ, vejam:
Arimatéia continua indo pelo lado "negro" dos portais. O de se preocupar em cliques e não com conteúdo. Seu nível cai a cada dia. O tal "Plantão da Madrugada" é só um modo de aumentar os leitores sem melhorar conteúdo (o plantão ainda exibe a frase "imagens fortes"). Juro que quando li o título da notícia que dizia "muda de novo", sonhei que Arimatéia Azevedo tinha acordado e iria melhorar, mas me decepcionei, só bobagens, como sempre. Ele fez foi piorar. Não sei porque ainda há esperanças com a imprensa...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Leitores comentam

O leitor Manoel Macedo da Silva me escreve:

Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pelo excelente artigo que você publicou em seu Blog. Concordo plenamente com cada vírgula, com cada acento de tudo que você publicou, pois essa nossa imprensa piauiense é muito fraca mesmo. A falta de ética, de compromisso com a verdade, entre tantas outras coisas são facilmente percebidas quando você acessa os portais de notícias locais. É a pura realidade que o que eles querem mesmo é faturar, obter acessos sem se preocupar com o que estão passando aos seus leitores. O Portal meionorte.com é, na minha opinião, o que mais comete abusos dessa ordem. Não quero puxar saco de ninguém nem fazer propaganda pra ninguém, longe de mim, mas se você acessar esse portal vai ver quanta bossalidade. Os erros de gramática e principalmente de concordância são facilmente percebidos e eu não deixo passar despercebido. Eu tenho um blog o "100 Eira nem Beira" e sempre que me deparo com tais absurdos coloco em meu Blog. Repito: falta ética, moral e compromisso da imprensa piauiense com esse povo. Quem aposta que se esses prefeitos que foram presos na "Operação Rapina" da polícia Federal e já estão soltinhos, se eles fizessem uma festinha para a imprensa, estariam todos lá com cara de Jumento puxando o saco dos bandidos?

Acessem o blog do Manoel: http://100eiranembeira.blogspot.com

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Jornalismo cômico

Nota da coluna Roda Viva, do jornal O Dia, escrita por Robson Costa:

"Nota de utilidade pública: Francisco Rodrigues da Silva faleceu e está
no IML aguardando o contato de algum familiar."


Coitado do senhor Francisco Rodrigues, do jeito que a nota foi escrita até parece que o falecido está esperando algum familiar para poder se despedir e ir, sossegado, para o céu. Se ele já morreu, ô Robson Costa, você não recomendaria que o "contato" fosse feito num centro espírita?

Xô estatísticas

O leitor que assina com o nome de NightSpirit comenta algo importante:

"Não sei também onde vão parar os nomes das autoridades que forem pegues fazendo "macacada" na praia.

E provavelmente, como todo investimento do Piauí em segurança, não serão avaliados os resultados finais, comparados aos anteriores a campanha. Tipo o que fizeram com o Boa Noite Teresina: cadê as estatísticas provando que os objetivos foram alcançados?"

Realmente, onde estão? Todo mundo briga, se enerva no início, mas depois vão se acalmando, a medida vai ficando, todos se acostumam até que não se fala mais no assunto e os políticos adoram isso. Mas, onde é que estão os resultados do Boa Noite Teresina? E como o leitor citou, o Xô Macaco vai expor para a população as autoridades (ou não autoridades, tanto faz) flagradas? O que será feito dessas pessoas? O site Xô Macaco afirma: "Agora que você já entendeu o espírito da coisa, ajude a manter a ordem no litoral. Faça a sua parte. Envie fotos de MACACOS nas praias o Piauí." Onde macacos são pessoas andando de carro pela praia. Apenas isso. Os tais macacos serão expostos para depredação pública ou o quê?

Uma pauta já velha, mas bom lembrar


A "fábrica de multas" da Strans já foi bem discutida em Teresina, mas a mídia podia continuar pegando no pé da Secretária de Transportes. Penso que a utilidade deste setor, antes de punir, é educar. E não apenas com anjinhos distribuindo adesivos. Os guardas da Strans não educam, são treinados apenas para encontrarem falhas e corrigí-las estupidamente. As colunas de opinião e os portais poderiam continuar batendo no tema, até mesmo porque, além de inquisidora, a Strans é covarde, não raro se vê notícia de um "guardinha" que tenha visto um carro oficial cometendo infração e nada acontecendo, nem mesmo uma advertência.

E-mail

Reproduzo abaixo comentário que recebi de Ananias Ribeiro:

Caro Sid,

Parabéns pela iniciativa de abrir a discussão sobre a produção jornalística local, especialmente em relação ao meio on-line. De fato, os portais de notícias piauienses são referência no Nordeste e merecem um fórum de discussão para a continuidade do seu crescimento, quem ganha com isso é o internauta.

Não poderia deixar passar em branco as referências ao meu trabalho, a maioria delas erradas. De fato trabalhei no 180graus, mas de lá não copiei sensacionalismo e muito mesmo o Bob News. Vamos aos fatos:

O Bob News é uma evolução do Blog do Bob Gayoso que tinha a proposta de ser um resumo do conteúdo nacional e internacional disponível na web, abrangendo todas as editorias, mantido com muita competência por Luís Alberto. Ele foi o primeiro a aplicar no estado a fórmula do conteúdo de variedades disponibilizado em formato de Blog, o primeiro ‘blog de variedade’ piauiense foi o finado ‘Blog do Bob Gayoso’. Fórmula que, muito antes do 180graus aplicar no Bob Gayoso, vinha ganhando espaço no cenário nacional, para se ter uma idéia hoje é possível encontrar ‘blogs de variedades’ com acessos que ultrapassam em mais de dez vezes os números alcançados por qualquer portal do Piauí. O Fast Food é sim um ‘blog de variedades’, assim como o Bob Gayoso era, perdendo essa patente quando mudou para Bob News. Esses argumentos desfazem sua afirmação de plágio.

Com relação ao sensacionalismo, as notas do Fast Food são reproduções de conteúdo de outros sites, não refletindo a opinião de quem as publica, justamente por isso não são assinadas com o nome de ninguém. A que você destacou, por exemplo, foi publicada originalmente no Blue Bus, site de variedades que tem mais de dez anos formando opinião na web. Pesquise minhas matérias pelos portais que passei e vai conhecer o meu perfil de trabalho. O meionorte.com alcançou um crescimento de 200% em quatro meses não foi baseado no sensacionalismo, são várias as estratégias.

No mais, desafio você a dizer as ‘várias coisas’ que copiei do 180graus.

Abraço.

Meu comentário:

Realmente os portais de notícias do Piauí são referência em todo o Nordeste, mas não pela qualidade dos mesmos, mas porque qualquer um que queira ganhar dinheiro tem, como primeira idéia, neste estado, montar um portal. Está pior que igreja evangélica.

Você afirma: "O Bob News é uma evolução do Blog do Bob Gayoso que tinha a proposta de ser um resumo do conteúdo nacional e internacional disponível na web, abrangendo todas as editorias". E depois: "O Fast Food é sim um ‘blog de variedades’, assim como o Bob Gayoso era, perdendo essa patente quando mudou para Bob News. Esses argumentos desfazem sua afirmação de plágio."
Posso ter me enganado em relação do Bob News, mas como você fez questão de comentar, então seria um plágio do antigo Blog do Bob Gayoso, correto?

Você disse: "Com relação ao sensacionalismo, as notas do Fast Food são reproduções de conteúdo de outros sites, não refletindo a opinião de quem as publica, justamente por isso não são assinadas com o nome de ninguém. A que você destacou, por exemplo, foi publicada originalmente no Blue Bus, site de variedades que tem mais de dez anos formando opinião na web."

A sua não-opinião sobre os fatos publicados na sua coluna não tem nada a ver com sensacionalismo e sim o modo como são expostos, que aliás, talvez seja a menos sensacionalista do Meio Norte, mas também você não a atualiza muito - esse pode ser o motivo. E o fato do Blue Bus ter mais de 10 anos de existência, para mim, não significa que seja um jornalismo correto. Aliás, o que mais bati no meu texto, foi justamente o fato de se fazer um jornalismo pautado na seriedade, justiça e que sirva para ajudar a sociedade. Eu vi que o Blue Bus também publicou a imagem da garota, mas isso, você não acha que é estar ao lado do criminoso? Estão apenas dando mais espaço para que outras pessoas façam o que ele fez, já que os meios de comunicação dão suporte e até mostram suas "artes". Aliás, Blue Bus não tem nem acento, cheios de erros de português e sabe-se que as pessoas confiam muito no que lêem da mídia. Não acho que seja um portal "exemplar".

E mais: "O meionorte.com alcançou um crescimento de 200% em quatro meses não foi baseado no sensacionalismo, são várias as estratégias."

Acredito mesmo que várias tenham sido as estratégias, não duvido disso, mas sei que uma delas é a apelação. Procure você mesmo uma notícia, por exemplo, de política, no portal Meio Norte, que tenha sido bem apurada, bem trabalhada, fartamente analisada e não-opinativa e tenha sido destaque no portal. Existe? Nunca acho. Aliás, até o Agora, do Silas Freire, tenta ser algo assim, como ele diz "sério" e "polêmico", mas está recheado de opiniões próprias do Silas, que são desnecessárias e que contaminam as notícias. Sempre quando entro no MN, 95% das chamadas principais são do Efrém e a mesma porcentagem é de notícias de violência ou de mulher pelada. Aliás, até a manchete de agora "Procurador Regional Eleitoral ingressa com 845 pedidos para decretação de perda de cargo eletivo", do vejam só, Blog do Efrém, é apenas uma cópia, sem edição, do MPF.

Por fim: "No mais, desafio você a dizer as ‘várias coisas’ que copiei do 180graus."

Aceito o desafio, além do plágio, como você confirmou (sei, sei, muita gente antes do 180graus já fazia isso antes e vou acreditar que você realmente não se influenciou de seu antigo emprego e sim dos blogs nacionais) , do Blog do Bob Gayoso, incitar que as manchetes estejam repletas de notícias apeladoras, assim como o 180graus e que deve ser o seu trabalho como "coordenador", é também algo que você deve ter levado do portal do meio ângulo (ou, em outras interpretações, que dá apenas metade da notícia). Afirmei no meu manifesto que é culpa da mídia que os piauienses gostam de programas de baixa qualidade como Ronda, justamente porque a imprensa só oferece isso. Os grandes portais só oferecem porcaria e os que antes eram "bons", como o AZ, por exemplo, querem baixar seus níveis para poderem concorrer. Isso não é o correto. Os piauienes merecem coisas boas. Falta conteúdo, falta inteligência nas notícias. Cadê os críticos de cinema? Críticos de arte? Analistas políticos sérios? As notícias bem apuradas? AS grandes reportagens? Vez por outra vejo uma grande reportagem na TV Cidade Verde. Isso é algo bom, mas dificilmente os portais as tem. As notícias policiais que refletem alguma coisa na sociedade e não apenas o sangue. Cadê? Fazer notícia policial, embasado em estatísticas, por exemplo, é algo mais interessante e inteligente do que apenas jogar fotos de mortos, somente para chamar atenção. Meu caro colega Ananias, a imprensa e os piauienses merecem algo melhor. Merecem mais criatividade, mais dinamismo, mais esperteza, mais trabalho sério, estudado e ético. Riem quando se fala em ética, mas vou repetir isso sempre: jornalismo é para ajudar a sociedade e educar é a melhor forma de ajuda.

Espero que as informações sirvam para alguma coisa em seu trabalho. Boa sorte!

Mistério




A coluna Gazetilha, do peruca Roberto Alencar, publicada no 180graus, é um mistério. Quem nunca ouviu alguém duvidando da veracidade de suas informações? Eu já ouvi várias vezes. Em nota publicada hoje por Xico Pitomba, do Portal AZ, o jornalista Fábio Teles critica a coluna e afirma "a Gazetilha de Roberto Alencar não é de se confiar em todas as letras." Só na "edição de hoje", pode-se achar desde uma criança de 10 anos que arrombou um carro, até um rapaz que "possuído pelo Satanás", agrediu a própria mãe. Roberto Alencar chega a prever o apocalipse em um de seus títulos: "FIM DOS TEMPOS: No dia de Natal, possuído pelo Demônio, filho dá uma surra na própria mãe. Presente de Natal."

À procura do jornalismo decente


A nota ao lado é da coluna Fast Food, escrita por Ananias Ribeiro, do portal Meio Norte. Ananias trabalhou no 180graus e deste copiou o sensacionalismo de suas matérias. Os jornalistas piauienses não se importam mais com o certo e o errado, com a moral, os bons costumes (aliás, isso é motivo de risos e sintoma de "sonhador" no meio jornalístico). A nota de Ananias fala de um rapaz que divulgou as fotos de sua noiva nua e o repórter não pensou duas vezes em publicar a informação e até a foto da garota, para ajudar o noivo a manchar a imagem da moça. A notícia não é no Brasil, mas aconteceria o mesmo se fosse no nosso país. Ananias Ribeiro foi chamado para o Meio Norte e hoje é coordenador de lá, do seu antigo trabalho no 180graus ele copiou várias coisas, inclusive este Fast Food parece ser uma imitação do Bob News. Infelizmente, a criatividade passou longe e não deixou nem lembranças. A fórmula deu certo, afinal, o Meio Norte é o segundo mais acesso, atrás apenas do próprio 180graus. Mas fazer jornalismo apoiando algo errado apenas para conseguir leitores, é o caminho certo?

Será??? Não, não...










Onde essa gente aprendeu jornalismo? Pensam que a imprensa é para divertir. Não se deve colocar questionamentos nos títulos, porque a notícia é feita para analisar e contar um fato ocorrido e não gerar dúvidas. Está certo que no caso o Meio Norte não sabe o que realmente aconteceu, mesmo assim, ela não deve instigar a dúvida e sim mostrar o que já está sendo feito pela polícia para desvendar o caso.

E o pior, clicando na manchete no link www.meionorte.com/blog.asp?cntcod=63 você será levado ao Blog do Efrém onde é quase impossível encontrar a notícia, que só está na segunda página e é de anteontem. Na matéria, Efrém escreve, no máximo, uma linha falando da investigação policial, o resto fala da morte do rapaz em si. Ontem publiquei que ele havia dito que quem tinha morrido era um médico e não advogado, como todos os outros portais haviam noticiado. Efrém mudou a profissão do morto e nem fala do erro. Quem viu a nota antes do erro ficou mal informado.



Note que em nenhum momento o leitor é informado que Flávio Menezes, de fato, morreu. Aliás, ele afirma mesmo que ele estava com vida ainda quando caiu, mas nada de morte.

Nos outros portais, o caso já foi esquecido. Apenas quando a polícia informar algo (cadê o jornalismo investigativo?) é que darão outra nova notícia.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Enquete


Olha só a enquete do Acesse Piauí, dá pra saber qual opção votar?

Apuração


As imagens mostram a mesma notícia sobre a morte do advogado que caiu do 8º andar de um prédio. O Acesse Piauí diz que o quarto estava intacto e que era um advogado. O Blog do Efrém diz que o vidro da janela estava quebrado e que era um médico de Piripiri. O 180graus escreveu "imforma", com M mesmo, e disse que o rapaz era de Piripiri. Cada um tentando, a sua maneira, ser o primeiro a dar a notícia, nem mesmo se importam de apurar detalhadamente. Não raro se ver uma manchete escandalosa nos portais e quando se acessa, possui 2 ou 3 linhas de um texto que não diz nada e o aviso "AGUARDE MAIS INFORMAÇÕES". Penso eu que o leitor comum nem fica observando quem deu primeiro a notícia, mas sim qual notícia é melhor escrita, possui mais informações etc.

Xô macacada


Arimatéia Azevedo está em sua fase mais triste. Na imagem ao lado, tirada de sua coluna diária, ele afirma que ano passado um procurador federal que ninguém teve coragem de dizer o nome foi flagrado dando carteirada em Parnaíba. Mas ele mesmo não tem coragem de citar o nome do tal procurador. Por quê? Cadê o destemido Arimatéia? Agora só serve para elogiar projetinhos bobos do Governo. Aliás, qual a utilidade dos leitores denunciarem os "macacos" ao Portal AZ, se as autoridades denunciadas dificilmente serão expostas no portal e se a campanha do Governo é para que você denuncie através do site www.xomacaco.com.br e não pelo AZ.

domingo, 23 de dezembro de 2007

O que não se deve fazer



Clique na imagem para ampliar.

P.S.: Juro que o comentário não é meu.

Reclamar

Recebi alguns e-mails de pessoas dizendo que eu deveria parar de reclamar e fazer mais minha parte. Ok! Mas eu já faço. Só que apenas fazer sua parte, solitariamente, não irá adiantar muito, até mesmo porque não será possível se aguentar por muito tempo. Enquanto todos os que estão decepcionados com as práticas erradas não se mobilizarem e se unirem, nada mudará. Não se pode cansar. Não se pode desistir porque não conseguiu resultados. As mudanças são lentas, mas, ao invés de tentarem desanimarem-me dizendo que isso não vai pra frente, que já foi tentado e pouca ou quase nenhuma coisa mudou - e assim, de certa forma, ficar do lado da imprensa vagabunda - por que não se unir e ser mais uma voz contra as comunicações do Piauí e do Brasil? Não quero destruir a imprensa, tampouco acabar com o lucro. O lucro é importante e vital para qualquer empresa, mas como já disse no manifesto, que o dinheiro não seja o principal e único motivo para se trabalhar com comunicação, mas sim a ajuda à sociedade.

Outra reclamação é que eu apenas critico e não mostro soluções. Certo. Digamos não seja minha responsabilidade mostrar soluções, já que não sou dono de nenhum meio de comunicação e apenas estou numa função de mostrar as falhas. Mas, se desejam, apresento soluções (que são inúteis se não forem postas em prática):

Para os veículos:

- Investir na capacitação do jornalista. Chega de jornalista que não sabe nem escrever direito, que não conhece a cultura nem da própria cidade. A empresa deve procurar profissionais mais capacitados (coisas que poucas em Teresina fazem, escolhem mais estagiários pelo baixo preço) e também pagá-los para capacitação (viagens, cursos, congressos etc).

- Contratar profissionais formados. Esta é mais uma continuação da dica anterior. No caso, esquecer os estagiários que lotam as redações e dar mais espaço pros formados, que, ao menos teoricamente, possuem mais capacidade. Isso não significa também excluir os estagiários, mas que eles não sejam maioria na empresa.

- Procurar elevar o nível da informação. Se o Ronda é um programa de baixo nível e o Amadeu Campos um apresentador sensacionalista e opinativo e mesmo assim os dois são líderes de audiência, isso não é culpa dos telespectadores, mas sim da imprensa que durante anos injetou a falta de qualidade nas pessoas. Se todos os meios começarem a selecionar e melhorar suas notícias (atenção Arimatéia Azevedo e Paulo Guimarães!), o nível de exigência da população vai melhorar.

Para os profissionais:

- Não esperem que os veículos invistam em vocês. Comprem livros, leiam muito, façam cursos etc. Não se deixem seguirem apenas pelas ordens dos meios que trabalham, procurem sempre fazer o melhor e ajudar a sociedade.

- Procurem não dar opinião em suas informações. Talvez isso seja difícil, mas controlem suas emoções na hora de redigir suas notícias. A maioria dos jornalistas e jornais, principalmente da televisão do Piauí, adoram expor suas opiniões e isso não deve interessar o telespectador.

No mais, espero que as "dicas" sirvam de alguma coisa. Pelo menos para pararem de dizer que não trago soluções. Espero que não desistam.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Sugestão de pauta - O preconceito que o Piauí sofre

No Portal AZ e no 180graus, pode-se encontrar matérias da Coordenadoria de Comunicação Social do Piauí(CCOM) afirmando que a rodoviária vai bem, que terá melhorias, que todos estão felizes etc. Vejam trecho da matéria:

"Os passageiros terão maior comodidade e conforto durante a espera pelo embarque e/ou desembarque no Terminal Rodoviário Lucídio Portella, em Teresina. O terminal está recebendo novas cadeiras nas plataformas de Embarque e Desembarque e também na Sala de Espera, que fica próximo aos restaurantes e lanchonetes.
(...)
Com essas melhorias, a Rodoviária de Teresina está se tornando referência na prestação de serviços aos passageiros."


Tudo bem. Segundo o Sasc, o Setrans, o secretário dos Transportes, Luciano Paes Landim e o diretor da rodoviária, Espedito Ferreira, tudo está uma maravilha. Parabéns! Agora teremos mais lugares para sentar, melhor iluminação interna e falam até em jardim! Mas recomendo aos jornalistas que desvendem um problema que tem ocorrido com os piauienses (já que parece que o Governo está preocupado apenas com os assentos). Quem quer viajar para várias cidades do Nordeste como Recife, João Pessoa, Maceió, Natal e outras encontrará, nas empresas de transportes, apenas "ônibus em trânsito", ou seja, ônibus que vêm de outros estados e só passarão, rapidamente, pelo Piauí, então, se tiver vaga, o piauiense poderá seguir viagem, se não tiver, dependerá da sorte até encontrar lugar disponível. Não há como reservar lugar nesse tipo de ônibus, pois, segundo as empresas, é impossível saber a quantidade de pessoas que estão vindo. Isso é legal? Chega de mostrar uma realidade inexistente com as matérias da CCOM, como se tudo estivesse perfeito, o Piauí está sofrendo preconceito, ainda mais de um possível crime, já que as empresas não estão oferecendo um serviço adequado aos consumidores deste estado. Os jornalistas podem mostrar, sem dificuldade, numa reportagem fácil de fazer, como sofre um cidadão na hora de viajar.


Obs.: Tente ir para esses lugares de avião. O sofrimento é maior. Além do "caos aéreo", a maioria dos destinos citados o obriga a fazer uma longa viagem desnecessária. Por exemplo: se você quer ir para Natal (RN), pela TAM, vai-se primeiro até Brasília - sentido contrário - e depois é que volta para Natal. A Gol, que tem preços melhores, nem mesmo possui vôos para essas cidades.

Como comprar a imprensa do Piauí - Continuação

No Manifesto contra o Jornalismo Piauiense, escrevi que os jornalistas piauienses são, em sua maioria, babões, que adoram um gracejo e um presentinho barato. Depois da festa do empresário João Claudino foi a vez, na última segunda-feira, do senador Heráclito Fortes agradar a imprensa. Distribuiu coisas caras como notebooks, passagens aéreas, livros etc. A jornalista Nádja Rodrigues, da TV Cidade Verde, contente em ter ganho alguns livros de baixa qualidade literária ainda brincou: "Livro é cultura!"

Contatos inexistentes

Sempre quando mando e-mails aos portais e jornalistas, recebo vários retornos do servidor afirmando que não foi possível contactar o destinatário devido a caixas superlotadas, a e-mails inexistentes etc. Como um jornal pode deixar seu principal contato com a população "inexistente" ou "excedendo o número de mensagens permitidas em sua caixa postal"? Cuidem de seus e-mails e respondam seus leitores. O principal cliente da imprensa não são as empresas que fazem publicidade, mas o público. Veja pequena lista de e-mails de redações que funcionam mal:

meionorte@meionorte.com
redacao@antena10.com.br
redacao@portaldaclube.com.br
fastfood@meionorte.com
bastidores@180graus.com


E outros...

Elogios e críticas

Quero agradecer a todos as pessoas que comentaram apoiando o meu manifesto - algumas até se oferecendo a divulgá-lo ainda mais. Recebi também elogios dos raros jornalistas sérios que existem no Piauí. As críticas, infelizmente, foram infundadas, sem argumentos e apenas comprovando que tudo o que denunciei era verdade: jornalistas vendidos, medrosos, babões, puxa-sacos e com escassa critiavidade de escrever. Não citarei o nome dos jornalistas que me apoiaram, pois sei que além de tudo que falei, a maioria dos jornalistas é vingativa, perseguidora e não deixaria impune alguém que apoiou um manifesto contra seus interesses.


P.S.: Se tem alguma crítica com bons argumentos ao manifesto, mande-me, que não deixarei de publicar seu texto. Evite ataques que faça apenas com que o confirme tudo que eu disse.

Recebi uma proposta de emprego!

O colunista-personagem Xico Pitomba, do Portal AZ, me convidou para trabalhar lá. Mas não aceito. Com o texto que ele me escreveu, apenas confirmei o que disse, no meu manifesto, sobre a ignorância e a pobreza da escrita do nosso jornalismo. Eu escrevi: "a qualidade do texto da imprensa do Piauí é capenga, paupérrima. Os jornais – a maioria sem revisores nas redações – têm liberdade para jogarem textos com palavras erradas, com erros de concordância, cheios de gírias e expressões populares sem seus devidos significados."

O e-mail do Xico Pitomba:

"fii, tá todo mundo notando que vc precisa vir trabalhar no AZ. Vc disse besteiras por cima de besteiras. "

E-mail

A redação do Portal VCSat, hoje renomeado para TV Canal 13, mandou-me o seguinte e-mail:

Roendo o osso ???

Certamente, o amigo fala isso porque ainda não conseguiu uma boquinha em algum órgão ou coisa que valha. Com certeza você não se difere nem um pouco dos que tanto critica. É capaz de escrever um texto laudatório destes,tolo, cheio de recalcos, mas sem a coragem necessária para se identificar.

abs


Meu comentário:

Não sei porque esse portal resolveu me responder, já que nem o citei em meu texto devido a seu peso jornalístico no Piauí ser insignificante. Quem conhece o TV Canal 13? Eu não conheço, e agora que sabe-se que eles não criticam o governo pois "roem o osso", como eles se denunciaram, por que conhecer?

P.S.: Que identificação será que ele deseja? Deixei meu nome completo, além do e-mail para contato. Quer mais o endereço, RG, foto 3x4...?

Esclarecimentos

Para quem pensa que fiz o manifesto apenas com o intuito de divulgar meu blog, primeiro: a primeira postagem deste blog foi feita depois que enviei o texto por e-mail aos jornalistas - quem recebeu pode conferir. Segundo: devido as respostas que recebi de alguns colegas, percebi que as proporções dos problemas que o jornalismo do Piauí sofre são bem maiores do que imaginei e não cabem somente em um manifesto. Colocarei, a seguir, algumas das respostas mais bizarras que recebi.

Bem-vindos

Recentemente, enviei aos mais conhecidos jornalistas e portais do Piauí um texto em que eu fazia uma análise da atual situação do jornalismo do Piauí. Originalmente intitulado de "Manifesto contra o jornalismo piauiense", o artigo foi publicado no Observatório da Imprensa sob o título de "Notas sobre a mídia chapa-branca". Leiam a íntegra:


O jornalismo piauiense vive uma contradição. Enquanto os jornais e portais de notícias enriquecem às custas, principalmente, das gorjetas doadas pelo governo do Estado, os jornalistas empobrecem suas capacidades de produção de texto (e suas raras criatividades) e fornecem à população notícias fúteis, falsas, compradas, deturpadas, medrosas, sensacionalistas e, o pior: sem ser de interesse público.

Não é difícil de ver, diariamente, os portais esbanjando quantos acessos possuem, que é o primeiro lugar em visitas, que é o melhor em conteúdo, que é a opção inteligente, que tem de tudo, que é a informação verdadeira e todo um blablablá de slogans hipócritas e distantes da realidade. A verdade é que os meios de comunicação do Piauí criaram, nos piauienses, a cultura do sensacionalismo. Programas de TV como Ronda, que, com cerca de uma década de existência, zomba da informação, trazendo para a população o costume de ver a notícia como algo ridículo, humilhante etc. E os portais, como 180graus e Meio Norte (da mesma emissora do circo do Ronda) continuaram a dar às pessoas o mesmo lixo midiático, já que viram que a notícia sem qualidade, como falar da morte de alguém na rua e expor fotos degradantes, era um modo de receber muitas visitas.

A coluna "Gazetilha", por exemplo, do antes reles desconhecido de uma escola mais desconhecida ainda, professor Roberto Alencar, que, no início, esperava-se ser uma coluna séria, até por ser de um professor (alguém de quem se esperam atitudes sérias), mas o que se vê é a barbárie, a revelação da vergonha. Todos os dias somos metralhados com imagens de brigas entre casais, de fotos de bandidos mortos e suas tripas que se espalharam pelo chão e diversas "notícias" que não são de interesse público, mas apenas uma curiosidade popular de ver o polêmico.

Polêmica gratuita

Algo de que, se não todos, 99% dos meios são acusados: de julgarem os suspeitos do crime antes da Justiça. Talvez isso seja um mal do jornalismo no Brasil, mas o Piauí deveria mostrar o exemplo e fazer diferente. Mas não. Estampam todos os dias fotos de suspeitos e abrem a temporada de caça às bruxas contra, muitas vezes, pessoas pobres que não têm nem como se defenderem (muitas vezes, nem acesso à internet possuem). E quando se descobre a inocência de algumas dessas pessoas, a imprensa faz mea culpa e muda rapidamente de assunto.

Mas os piauienses não são idiotas, não são sem cultura, eles apenas foram ensinados a gostarem da falta de qualidade, graças aos diretores dessas empresas. E o pior é que quem possuía alguma qualidade está regredindo, pois estupidamente imagina que descer o nível da informação é um meio de obter mais visitantes (como se isso fosse o mais importante num bom jornalismo).

Um exemplo é o outrora respeitado e temido Arimatéia Azevedo, dono do portal AZ, que antes censurava as notícias forçadas, como de mulheres peladas e bobagens em geral, e agora busca justamente nas informações chulas um modo de alavancar o seu portal. Será mesmo essa a saída: prender os piauienses numa espiral de incultura?

Pergunta fácil: quem sabe, uma coluna de política que faz uma análise aprofundada do tema no Piauí? Análise verdadeira, e não apenas política de fofoca (fulano disse isso; sicrano rebate acusações). Desconheço. Vejam, por exemplo, o programa de boa audiência Jornal do Piauí, apresentado por Amadeu Campos na TV Cidade Verde. Ele leva os políticos apenas para atirarem contra outros e instiga à polêmica gratuita, da briga entre os políticos de partidos rivais. Apenas isso! Vê-se um monte de pseudo-intelectuais apenas procurando uma polêmica entre as brigas políticas para conseguir um pouco de espaço.

Interesses dos governantes

O jornalismo político do Piauí é covarde e preso. Todas as notícias políticas trazem, por trás, um interesse econômico ou vingativo. No primeiro caso, quando se quer ganhar um troco do governo e, por isso, elogia-se ou critica-se. No segundo caso, é a vingança justamente por não ter ganho um dinheirinho ou pelo político ter feito algo no passado que prejudicou o meio – como o caso das confusões geradas entre 180graus e governo do Estado, da qual o portal de notícias criticou duramente o governo por não lhe destinar nenhuma verba, apenas para os concorrentes.

Falando em governo, deveriam ser de conhecimento popular os critérios usados para a escolha do valor das publicidades para cada veículo. O portal Acesse Piauí, da secretária de Comunicação Social, Cristiane Sekeff, a mesma que regulamenta o pagamento para os meios de comunicação, recebe 18 mil reais por mês de propaganda. Isso é moral? Deve-se confiar na imparcialidade da equipe de Sekeff na hora de criticar o governo do Estado?

O jornal O Dia, que bate no peito afirmando ser o jornal em atividade mais antigo do Piauí, é o mais comprado de todos. Não se vê, como destaque, nenhuma matéria com o risco de manchar o mínimo possível a imagem do governo. Jornalistas dos meios citados, acordem: os meios de comunicação servem para ligar a população aos problemas e soluções sociais, e não para separá-los. Se vocês só trazem os interesses dos governantes (grande parte apenas copiada das assessorias de imprensa públicas) e raramente dos populares, qual a razão de existirem? Dêem uma razão social, que não seja de interesse próprio dos donos dos meios, de ainda existirem!

O churrasco da imprensa

Em 1996, o Correio Braziliense fez uma grande revolução e resolveu se desprender do governo, contratou equipe boa, demitiram os estagiários e revolucionaram o jornal com notícias de real interesse público. Adivinhem o que aconteceu? Cresceram consideravelmente suas vendas. Os meios de comunicação do Piauí têm que parar de contratar vários estagiários que nada sabem e deixarem de mão jornalistas formados e mais experientes para fazerem seus portais, jornais etc. Atualmente, contrata-se, no Piauí, apenas um formado para "assinar" o meio e 10 estagiários inexperientes, que fazem jornalismo como acham que é melhor.

Os jornalistas se regozijaram ao irem para o churrasco à imprensa dado pelo empresário João Claudino, onde tinham direito até a sorteio de prêmios. Pergunta-se: existe algo mais vil que dar gracejos para a imprensa? Até "jornalistas" sérios, como Arimáteia Azevedo, em sua coluna diária, elogiavam o feito de João Claudino. Como se pode confiar numa imprensa que adora um presentinho de um senhor que possui filho político?

Defesa de quem está errado

A compra da imprensa no Piauí é descarada e elogiada. A festinha dos Claudino é tida como algo bonito, respeitável, mas não passa de um modo de dar doce na boca dos jornalistas, que rapidamente correm para seus portais e jornais e enchem o ego do empresário com gracejos e babações. Sim, a maioria dos jornalistas do Piauí é feita de babões, gente sem personalidade, que pensa com o bolso, cuja única capacidade de mudar de opinião é quando se muda a fonte do dinheiro recebido. Nada contra o lucro, quando ganho pelo trabalho, mas que o ganho não seja a única justificativa do trabalho, e sim o resultado que o trabalho, principalmente na comunicação, gera para a sociedade.

Por último, a crítica à ignorância: a qualidade do texto da imprensa do Piauí é capenga, paupérrima. Os jornais – a maioria sem revisores nas redações – têm liberdade para jogarem textos com palavras erradas, com erros de concordância, cheios de gírias e expressões populares sem seus devidos significados. Ninguém ousa, testa, arrisca um modo novo de escrever. Afinal, não interesse o modo de escrever, interessa a polêmica que a notícia vai gerar, não é mesmo?

E os portais de notícias menores, sem visibilidade, não estão fora de todas as críticas feitas neste manifesto. Os pequenos querem apenas um espaço, querem entrar no bolo do governo, querem parecer diferentes, mas são mero reflexo do que aprenderam com os grandes. Querem ganhar dinheiro fácil e rápido e nunca, jamais, pensar nos problemas da sociedade. E sabem o que farão quando lerem este artigo: ignoram completamente ou contra-atacam. Mera defesa de quem está errado. Por que não tentam, digamos... ser bons jornalistas para a população?