Onde essa gente aprendeu jornalismo? Pensam que a imprensa é para divertir. Não se deve colocar questionamentos nos títulos, porque a notícia é feita para analisar e contar um fato ocorrido e não gerar dúvidas. Está certo que no caso o Meio Norte não sabe o que realmente aconteceu, mesmo assim, ela não deve instigar a dúvida e sim mostrar o que já está sendo feito pela polícia para desvendar o caso.
E o pior, clicando na manchete no link www.meionorte.com/blog.asp?cntcod=63 você será levado ao Blog do Efrém onde é quase impossível encontrar a notícia, que só está na segunda página e é de anteontem. Na matéria, Efrém escreve, no máximo, uma linha falando da investigação policial, o resto fala da morte do rapaz em si. Ontem publiquei que ele havia dito que quem tinha morrido era um médico e não advogado, como todos os outros portais haviam noticiado. Efrém mudou a profissão do morto e nem fala do erro. Quem viu a nota antes do erro ficou mal informado.
Note que em nenhum momento o leitor é informado que Flávio Menezes, de fato, morreu. Aliás, ele afirma mesmo que ele estava com vida ainda quando caiu, mas nada de morte.
Nos outros portais, o caso já foi esquecido. Apenas quando a polícia informar algo (cadê o jornalismo investigativo?) é que darão outra nova notícia.
3 comentários:
Existe mesmo algum Flávio Meneses? Acho que ouviram o nome do rapaz e procuraram no orkut, pra saber detalhes. Um outro portal dissera que ele tinha 25 anos, não?
Quanto a investigação, o investimento para isso deveria ser por parte do portal, já que são eles que mandam, neh?
Caro Sid,
Você nunca vai ver um professor de jornalismo online ensinar um acadêmico a fazer uma manchete como essa e nunca verá um jornal impresso publicar uma manchete assim. Porque isso não se aprende em cadeira de faculdade e não se aplica a mídias tradicionais como jornal impresso. È peculariedade da internet: esteja aberto para o inesperado ou será engolido pela web. E como o jornalismo online não é diferente. No caso da manchete o fato novo é a dúvida. Todo o resto havia sido noticiado ontem na imprensa local. A resposta, a investigação policial vai dar, é dever da polícia fazer isso – não do jornalismo, e o resultado das investigações certamente será destaque no meionorte.com.
Grato.
Uma coisa é estar aberto a arriscar coisas novas, aliás, até o jornalismo impresso, mais tradicional, deve se arriscar. Mas instigar a dúvida não é certo, não ajudará o leitor em absolutamente nada. O fato de o resto ter sido noticiado no dia anterior pela imprensa local não significa que o jornalista não tenha que "relembrar" o leitor do que ocorreu. Ninguém tem a obrigação de ler jornal todo dia, mas os jornais tem a obrigação de serem compreendidos por qualquer um, qualquer dia.
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